Nesta segunda-feira (24), a Justiça de Mato Grosso do Sul negou o recurso apresentado pela defesa do ex-goleiro Bruno Fernandes contra a condenação ao pagamento de uma indenização no valor de R$ 650 mil por danos morais e materiais ao filho que teve com Eliza Samudio. A defesa do atleta pretende recorrer da decisão.
A indenização foi determinada pela Justiça em outubro do ano passado, 12 anos após a morte de Eliza, e a defesa de Bruno recorreu alegando que o ex-jogador não tinha condições financeiras para arcar com o valor. O desembargador responsável pelo caso, Marcos José de Brito Rodrigues, destacou que a indenização tem como objetivo compensar Bruninho pela situação dolorosa, aflitiva e constrangedora que vivenciou.
O desembargador ainda ressaltou que o valor fixado é razoável, levando em conta a situação econômica da família de Bruninho e a gravidade do caso. A defesa do jogador também teve um recurso negado pela família do filho de Bruno, que pedia o aumento do valor da indenização para R$ 6 milhões.
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Na época, Bruno era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade da criança que teve com ela. Somente em julho de 2012, após uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro, o ex-goleiro se tornou legalmente pai do menino.
Bruno foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho com a vítima. Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, pois a Justiça considerou que o crime havia prescrito. Atualmente, Bruno cumpre a pena em liberdade condicional, após ter cumprido o regime semiaberto. O menino, que atualmente tem 13 anos, morou em Campo Grande até o início deste ano e se mudou para Curitiba para jogar na mesma posição do pai no time de base do Athletico-PR.