Grávida de 40 semanas, ela teria procurado a maternidade quatro vezes com dores, mas foi mandada de volta para casa.
Uma jovem de 29 anos perdeu o bebê que esperava após, segundo ela, ter sido ignorada por médicos da maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande. Grávida de 40 semanas, ela teria procurado a instituição quatro vezes, reclamando de fortes dores, mas foi mandada de volta para casa em todas as ocasiões.
O pai, Emanuel Cordeiro, de 29 anos, acusa a maternidade de negligência e registrou um boletim de ocorrência. Ele relata que os problemas começaram na primeira visita, em 24 de setembro, quando sua esposa começou a sentir as primeiras dores. “De lá para cá, voltamos mais três vezes e na última descobrimos que o bebê já estava morto dentro da barriga da minha esposa”, conta Emanuel.
Segundo ele, em nenhuma das visitas a equipe médica cogitou internar a jovem, alegando que as dores eram normais. “Só medicavam e mandavam a gente embora”, detalha. Mesmo após a gestante apresentar sangramento e dores ainda mais fortes no dia 12 de outubro, o hospital manteve a mesma conduta.
“Cheguei do trabalho às 6h e ela estava sentindo muitas dores, fomos novamente ao hospital, só passaram medicamento na veia e liberaram ela de novo. Eu insisti que internassem ela, mas não me ouviram. Por imprudência deles, nosso filho faleceu”, desabafa o pai, abalado com a perda.
Somente no domingo (13), quando a mãe já não suportava mais as dores e retornou à maternidade, foi constatado que o bebê estava morto. A jovem ainda teve que esperar 24 horas para a cirurgia de retirada do feto, realizada na segunda-feira (14).
“Fizemos um boletim de ocorrência contra a maternidade, queremos justiça. Só Deus para nos consolar agora”, diz Emanuel.
O laudo médico que apontará a causa da morte do bebê ainda não foi divulgado e deve sair em 15 dias. A reportagem entrou em contato com a Maternidade Cândido Mariano e aguarda um posicionamento sobre o caso.
Negligência médica:
A denúncia de negligência médica por parte da Maternidade Cândido Mariano levanta sérias preocupações sobre a qualidade do atendimento prestado pela instituição. É crucial que as autoridades investiguem o caso com rigor para apurar as responsabilidades e garantir que medidas sejam tomadas para evitar que outras famílias passem pela mesma tragédia.
Até o momento a direção da Maternidade Candido Mariano não se pronunciou