O diretor-presidente da Colecta-Reciclagem, Fernando Abrahão, expressou seu pesar pelo incêndio que devastou completamente a estrutura da empresa na tarde deste domingo (12), localizada às margens da BR-163, em Campo Grande. Pelo menos seis caminhões estacionados no pátio da empresa foram consumidos pelas chamas.
Abrahão sugeriu que o tipo de resíduo material utilizado pela empresa, combinado com as altas temperaturas, possa ter contribuído para a rápida propagação do fogo, descartando, no entanto, a hipótese de incêndio criminoso.
Embora tenha elogiado o esforço dos bombeiros no combate ao incêndio, ele criticou a falta de infraestrutura para controlar a situação. “Os bombeiros estão se esforçando ao máximo, mas lamentavelmente faltou água e equipamentos. Temos 150 funcionários que dependem dessa empresa para sobreviver, uma empresa que cumpre com seus deveres fiscais e obrigações. É extremamente triste dependermos do Estado como suporte e nos vermos impotentes, apenas observando tudo ser consumido pelo fogo”, declarou o diretor.
Segundo Abrahão, ele foi alertado sobre o incêndio por volta das 15h e imediatamente contatou o Corpo de Bombeiros. No entanto, apenas uma viatura foi enviada ao local inicialmente, quando as chamas já estavam fora de controle. Somente horas depois mais viaturas chegaram para ajudar no combate às chamas.
“Não estou questionando o trabalho dos bombeiros, mas sim a falta de recursos disponibilizados para eles. Eles estão fazendo o máximo dentro de suas possibilidades, lutando incansavelmente para extinguir o fogo, mas sem água suficiente. Não havia água nem mesmo um hidrante disponível, e a água que foi utilizada teve que ser transportada de longe, a 8 ou 10 quilômetros de distância, chegando tarde demais. Imagine se houvesse vidas em risco”, questionou o empresário.
Abrahão destacou que a empresa possui um sistema de combate a incêndios, porém, este se mostrou eficaz apenas para situações de pequena proporção.
Ele assegurou que trabalhará para recuperar os prejuízos e que em breve a empresa voltará a operar normalmente. “Agora é hora de trabalhar e reconstruir. Com a graça de Deus, logo estaremos de pé novamente. Vamos reunir os cacos e seguir em frente”, concluiu.