Idosa de 86 anos aguardando transferência escâncara falhas na saúde pública de Campo Grande

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Após três dias internada na UPA da Moreninha, idosa com pneumonia, falência renal e Alzheimer aguarda vaga para hemodiálise em hospital.

O drama vívido de Jovina de Araújo Silva, de 86 anos, internada na UPA da Moreninha desde domingo (8) com pneumonia e falência renal, expõe uma grave crise na saúde pública de Campo Grande. Diabética e com Alzheimer, Jovina necessita urgentemente de hemodiálise e de transferência para um hospital com mais recursos. No entanto, três dias após o pedido de vaga, sua situação permanece sem solução, refletindo um problema específico de sobrecarga no sistema de saúde.

Após três dias internada na UPA da Moreninha, idosos com pneumonia, falência renal e Alzheimer ainda aguardam vaga para hemodiálise em hospital. A demora evidencia a sobrecarga e falta de estrutura na saúde pública, diante da gravidade do quadro da avó. O pedido de transferência já foi feito na segunda-feira (9), um dia após a internação, mas até agora, a família não recebeu uma resposta concreta. “Minha avó está recebendo tratamento na UPA, mas lá não tem a estrutura que ela precisa. Ela tem que fazer hemodiálise, e até agora não conseguiu vaga em nenhum hospital. Se ela não fizer o tratamento, ela vai morrer”.

O caso de Jovina não é isolado. A realidade enfrentada por muitos pacientes na capital é resultado de uma combinação de má gestão, falta de investimentos e estrutura insuficiente para atender à crescente demanda da população. Ao longo dos anos, a sobrecarga nas UPAs e nos hospitais de Campo Grande tem sido pauta recorrente, mas as respostas efetivas para solucionar o problema não vem da prefeitura.

Olívia relatou ainda que, na UPA, Jovina recebe antibióticos, soro e medicamentos para dor, mas a dipirona não tem sido suficiente para aliviar o sofrimento da idosa. “Ela está na área vermelha. Não podemos acompanhá-la, ela está sozinha, numa situação muito delicada. Na UPA ela toma antibiótico, soro, remédio para dor, mas a dipirona não está resolvendo. Eu até pedi um medicamento mais forte para aliviar, mas ela continua gemendo e chorando de dor”.

Olívia, busca uma solução imediata, diante do desespero de ver a avó sofrer sem o atendimento adequado. Na Sesau, foi informado que a equipe está “tentando agilizar o processo de transferência”, mas sem garantir.

A crise na saúde pública de Campo Grande é uma questão que requer ação imediata e compromisso por parte dos gestores, sob pena de que mais vidas continuem sendo colocadas em risco devido à negligência e à falta de estrutura básica.

A SESAU foi contacta via email, mas até o momento não se pronunciou sobre o caso ou com uma previsão de transferência da idosa.

Com informações do Campograndenews

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