Na manhã desta segunda-feira (11), um grupo de guardas municipais se reuniu na Praça do Rádio Clube em uma manifestação pacífica, buscando chamar a atenção da Prefeitura de Campo Grande para diversas questões relacionadas aos direitos trabalhistas e à valorização da categoria.
Entre as demandas dos profissionais de segurança estão a cobrança pelo cumprimento do plano de cargos e carreiras, o pagamento do adicional de periculosidade e a contratação dos guardas aprovados no último concurso público. Segundo Hudson Bonfim, presidente do sindicato dos guardas municipais, a categoria está insatisfeita com a atual gestão e busca uma resposta satisfatória por parte da Prefeitura.
Uma das questões primordiais levantadas pelos guardas é o não pagamento adequado do adicional de periculosidade, um benefício crucial para os trabalhadores expostos a riscos iminentes. Bonfim relata que o pagamento desse adicional deveria ter iniciado em 2020, mas só ocorreu em 2021, com um ano de atraso. O segundo pagamento ocorreu em 2022, porém, o terceiro, programado para janeiro deste ano, ainda não foi efetuado, impactando negativamente o salário dos profissionais em 20%.
Segundo o presidente do sindicato, as justificativas da Prefeitura quanto à falta de recursos são recorrentes, porém, os guardas municipais consideram essa alegação como indício de má gestão dos recursos públicos. Além disso, ressaltam a ausência de diálogo entre o poder público e os servidores municipais, o que motivou a manifestação como forma de pressionar por respostas e soluções.
Outra questão abordada na manifestação é a contratação dos guardas municipais aprovados no último concurso. De acordo com Bonfim, 60 profissionais já foram aprovados e estão prontos para o trabalho após realizarem o curso de formação, enquanto outros 120 aguardam essa oportunidade. A promessa de substituição de vigias por guardas efetivados ainda não se concretizou, gerando frustração entre os profissionais.
Atualmente, o quadro de efetivos na Guarda Municipal de Campo Grande conta com 1.270 profissionais. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para obter posicionamento sobre as demandas dos guardas municipais e aguarda resposta.