Um grupo técnico composto por 20 membros foi nomeado para analisar aproximadamente seis mil boletins de ocorrência registrados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Grande, que não resultaram na instauração de procedimentos ou que possuem providências pendentes. A iniciativa, coordenada pela Delegacia Geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (DGPC), tem como objetivo aprimorar o atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar, garantindo maior eficiência e celeridade na apuração dos crimes contra a mulher. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 90 dias, podendo ser prorrogado.
A equipe, que atuará na Academia da Polícia Civil, é formada por delegados, escrivães e investigadores, incluindo nomes como Wellington de Oliveira, Marcelo Alonso, João Reis Belo, Juliano Cortez Penteado, Steven Souza, William Eduardo Rocha e a investigadora Priscila Rodrigues. Além deles, outros 13 delegados foram nomeados como membros do grupo. A iniciativa visa analisar casos represados, como aqueles em que as vítimas ou autores não foram localizados, desistências de representação por parte das vítimas ou a ausência de provas suficientes para dar andamento aos procedimentos.
Segundo o delegado geral Lupérsio Degerone, a criação do grupo reflete o compromisso da Polícia Civil em oferecer um atendimento mais qualificado e eficiente às mulheres vítimas de violência. “Buscamos aprimorar nossos procedimentos e fluxos de trabalho para que possamos oferecer um serviço de excelência, com a celeridade e a sensibilidade que esses casos exigem”, afirmou. A medida busca ainda identificar falhas nos processos e propor melhorias para otimizar a tramitação dos casos.
Entre as atribuições do grupo estão a realização de um levantamento detalhado dos boletins de ocorrência, a identificação de casos que necessitam de reavaliação ou complementação de providências, e a análise de procedimentos que sofreram decadência ou prescrição. Além disso, o grupo deverá propor medidas para otimizar os fluxos de trabalho e sugerir alterações nos protocolos existentes, visando a melhoria contínua dos serviços prestados pela DEAM.
Ao final dos 90 dias, o grupo apresentará um relatório com as conclusões e sugestões para o aprimoramento das ações da DEAM. A iniciativa representa um esforço significativo para garantir que os casos de violência contra a mulher sejam tratados com a devida prioridade e eficácia, reforçando o compromisso das autoridades com a proteção e o atendimento adequado às vítimas.