O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Campo Grande enfrenta desafios significativos devido a uma frota reduzida e insuficiente para atender à população. Segundo dados do Censo do IBGE de 2022, a cidade conta com apenas 14 ambulâncias para uma população de quase 898 mil habitantes, resultando em uma ambulância para cada 64.138 habitantes, de acordo com matéria publicada no jornal Correio do Estado.
A situação se agravou ainda mais quando, em um feriado recente, apenas seis ambulâncias estavam operando nas bases localizadas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Idealmente, deveriam estar operando dez ambulâncias do tipo Bravo, equipadas com Suporte Básico de Vida Terrestre, e quatro ambulâncias do tipo Alfa, que oferecem Suporte Avançado de Vida Terrestre.
As bases das ambulâncias Bravo estão distribuídas pelos bairros Tiradentes, Moreninhas, Universitário, Nova Bahia, Coronel Antonino, Vila Almeida, Coophavila, Santa Mônica, Leblon e Aero Rancho. Já as ambulâncias Alfa ficam disponíveis na Sesau, no Aeroporto, no bairro Pioneiros e no Coronel Antonino.
Além das ambulâncias, o Samu conta com quatro motolâncias de suporte básico e o apoio de cinco ambulâncias do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. No entanto, esses recursos também estão enfrentando problemas, e apenas seis das 14 ambulâncias do Samu estão operacionais atualmente.
Os problemas com a frota de ambulâncias têm causado atrasos nos atendimentos e preocupações quanto à qualidade dos serviços prestados. A população tem relatado tempos de espera incertos, e o tempo médio de espera para a chegada de uma ambulância não foi divulgado pela Sesau ou pelo Samu.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) emitiu uma nota afirmando que não houve redução na frota ou na escala devido ao feriado e que todas as ambulâncias deveriam estar em circulação. No entanto, os relatos de ambulâncias paradas e de atrasos nos atendimentos continuam.
O Samu é um serviço essencial para a cidade e recebeu um incremento de R$ 116 mil na folha de pagamento do Governo Federal. Um aumento adicional de 30% no custeio está previsto até o final do ano para melhorar o serviço. No entanto, a situação atual demonstra a necessidade urgente de investimentos e melhorias para garantir um atendimento eficiente e de qualidade à população de Campo Grande.