Uma operação aérea conjunta da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Federal (PF) resultou na interceptação de uma aeronave utilizada pelo tráfico internacional de drogas na manhã de domingo (13/4), na vasta região amazônica. Caças A-29 Super Tucano da FAB foram mobilizados para abordar um bimotor que ingressou irregularmente no espaço aéreo nacional, seguindo uma rota notória por ser utilizada por narcotraficantes com origem no Peru.
A ação, coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), contou com o apoio crucial da Polícia Federal (PF) e do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), uma unidade especializada da Polícia Militar do Mato Grosso. A aeronave interceptada era um bimotor Seneca, com prefixo PT-RBC, que adentrou o território brasileiro por volta das 9h da manhã, sendo prontamente detectada pelos radares avançados do CINDACTA IV.
Seguindo os rigorosos protocolos de policiamento do espaço aéreo, os pilotos da FAB realizaram os procedimentos de averiguação padrão, incluindo reconhecimento visual da aeronave suspeita e tentativas de comunicação via rádio para interrogação.
Diante da persistente resistência dos pilotos da aeronave em obedecer às ordens de alteração de rota, medidas de intervenção mais incisivas foram implementadas. A aeronave foi forçada a descer e acabou colidindo com o solo em uma área remota e de difícil acesso, localizada às margens do rio São Manoel, na divisa entre os estados do Mato Grosso e do Pará.
Na sequência imediata à queda, um helicóptero H-60 Black Hawk da FAB realizou o transporte de agentes da Polícia Federal até a região isolada, próxima à Aldeia Ariramba. No local da ocorrência, dois cidadãos de nacionalidade boliviana foram detidos pelas autoridades. Nas proximidades da aeronave acidentada, foram encontrados diversos pacotes contendo substância análoga à maconha, que foram apreendidos.
Os indivíduos presos e o material ilícito apreendido foram encaminhados para a cidade de Alta Floresta, no estado do Mato Grosso, onde serão realizados os procedimentos legais cabíveis, incluindo a formalização das prisões e a investigação sobre a extensão da operação de tráfico.
A bem-sucedida interceptação integra a Operação Ostium, uma iniciativa contínua conduzida no âmbito do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF). O principal objetivo desta operação é coibir de forma eficaz a utilização do espaço aéreo brasileiro por organizações criminosas envolvidas no tráfico internacional de drogas e outros ilícitos transfronteiriços.
Imagem Metropólis
