Francisco Nunes, 98 anos, morador do Bairro Aparecida Maria Pedrossian há mais de três décadas, enfrenta um desafio crescente: a erosão que aos poucos avança em direção à sua residência. O aposentado relata que a situação na rua permanece inalterada há anos, e nenhuma medida tomada até o momento parece resolver o problema.
“Esse buraco antes era uma lagoa represada e, com o tempo, foram mexendo aí. Quando passaram esses tubos, a coisa desandou, e a erosão só aumentou de lá pra cá”, afirma Francisco, destacando a evolução do problema ao longo do tempo. A denúncia foi feita ai site Campo Grande News.
A erosão, situada às margens do Córrego Lajeado, também preocupa os vizinhos. Durante o período chuvoso, o temor é que a erosão se acentue ainda mais. José Lopes de Oliveira Neto, 74 anos, relata a dificuldade de circulação pela rua, especialmente em dias de chuva intensa. “Em dias de chuvas, nenhum carro consegue passar porque a força da água é imensa”, explica.
O cenário não é exclusivo de Francisco e seus vizinhos. No encontro das ruas Ribeirão Bonito com a Alzira Brandão, uma erosão com quase 2 km de extensão gera preocupação entre os moradores e motoristas. Durante o período chuvoso, muitos se veem obrigados a alterar suas rotas devido à impossibilidade de transitar pela região.
Além das preocupações com as residências, a situação levou o Ministério Público Estadual a instaurar dois inquéritos civis, tendo como alvos a Prefeitura da Capital e empresas responsáveis por empreendimentos imobiliários. O Córrego Lageado, afetado pela erosão, fornece 14% da água captada para o abastecimento da cidade.
Diante dos riscos iminentes, os moradores aguardam providências das autoridades competentes. Francisco expressa particular preocupação com a segurança do vizinho de 98 anos. “Eu moro na esquina e fico preocupado com o seu Francisco, porque a hora que vir uma chuvarada a cratera vai abrir de uma vez”, comenta.
Imagem (Foto: Marcos Maluf ) CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
