Dirceu diz em depoimento que R$ 120 mil por consultoria são ‘irrisórios’

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Em depoimento ao juiz Sérgio Moro na última sexta-feira (29), na ação que julga os envolvidos na 17ª fase da Lava-Jato, a “Pixuleco”, o ex-ministro José Dirceu classificou como irrisório o valor de R$ 120 mil cobrado por ele para prestar consultoria a empresas investigadas na operação. A resposta veio após pergunta de Moro referente aos critérios para a definição do valor.

“Sem falsa modéstia, R$ 120 mil (por mês) é irrisório. Quero aproveitar para declarar que estou sendo alvo de notícias que eu enriqueci. Que eu tenho um patrimônio de R$ 40 milhões. A minha empresa faturou R$ 40 milhões, 85% são despesas, são custeios. Eu ganhei o que ganha qualquer consultor ou advogado, R$ 60 mil, R$ 80 mil por mês”, disse, em depoimento reproduzido pelo jornal O Globo.

Ele afirmou ainda ter dado consultoria a 60 empresas nos últimos anos. “Sempre mantive meus clientes informados. Os meus clientes me ouviam para saber de economia, política, mercado…”

Outro ponto marcante do depoimento foi quando Dirceu afirmou ter recebido um “atestado de honestidade” da Receita Federal pelo fato de o órgão ter investigado seu imposto de renda no processo do mensalão. “Essa residência sofreu uma devassa da Receita Federal por conta da ação penal 470 (mensalão) e todo o meu imposto de renda anterior de cinco anos (foi investigado). Recebi praticamente um atestado de honestidade. Até 2006, Dr. Moro, eu vivia de salário ou de funcionário da Assembleia de São Paulo ou de deputado, ou de presidente do PT. Não tive outra renda.”

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