Desleixo e incompetência marcam gestão da saúde em Campo Grande

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Os dados alarmantes revelados por uma auditoria do Ministério da Saúde evidenciam a crise financeira enfrentada pela prefeitura de Campo Grande. Durante o período analisado, as despesas contraídas totalizaram R$ 10,9 milhões, enquanto os repasses efetuados somaram apenas R$ 9 milhões. O resultado? Um rombo preocupante que afetou diretamente a qualidade dos serviços prestados à população.

A falta de recursos levou a uma queda abrupta no nível de atendimento médico-hospitalar, com consequências desastrosas, incluindo a incapacidade de pagamento de pessoal, falta de medicamentos, deficiência na frota de socorro e infraestrutura precária. Os problemas se agravaram com a presença de oito ambulâncias inservíveis em uma frota envelhecida, evidenciando um cenário de desgoverno e negligência.

Embora a prefeitura tente justificar a situação alegando falta de repasses do Estado, os números revelam uma realidade diferente. Enquanto o Estado deixou de repassar apenas R$ 323 mil, desembolsou significativos R$ 4,1 milhões para o município ao longo de 17 meses. O retrato do desgoverno é nítido, com soluções paliativas e ações ineficazes que não conseguem reverter a deterioração do sistema de saúde.

A administração municipal insiste em repetir os mesmos erros, trocando titulares na Secretaria Municipal de Saúde e desperdiçando recursos com medidas inadequadas. A falta de agilidade no atendimento, ambulâncias e equipes do Samu sobrecarregadas, e a escassez de equipamentos essenciais como estetoscópios, bandagens e medicamentos básicos são sintomas evidentes de uma gestão falha e negligente.

É inadmissível que uma cidade como Campo Grande ofereça serviços de socorro médico-hospitalar precários, colocando em risco a vida e a saúde da população. O descaso com a conservação e manutenção das ambulâncias apenas reforça a incompetência da atual gestão municipal. Urge uma ação efetiva para corrigir essas falhas e garantir um atendimento digno e eficiente para todos os cidadãos.

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