Crise na Saúde: Superlotação em UPAs de Campo Grande gera cenário de caos

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Nos corredores das unidades de saúde de Campo Grande, uma cena alarmante: pacientes aguardam atendimento sentados no chão, em meio à falta de espaço e estrutura. Uma idosa chega a utilizar sua bolsa como travesseiro enquanto espera deitada próximo a uma lixeira para ser atendida.

A situação, que vem se agravando nas últimas semanas, levou a Prefeitura de Campo Grande a tomar medidas urgentes. Para gerenciar e organizar os serviços de saúde na capital, será ativado o Centro de Operações de Emergência. Nesta tarde de segunda-feira (29), a equipe técnica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e a titular da pasta, Rosana Leite de Melo, se reuniram para a primeira reunião do grupo.

De acordo com a secretaria, o aumento dos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na cidade é alarmante. Nas unidades de atendimento de urgência e emergência, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde), foi registrado um aumento de 50% nos casos de viroses em adultos e 30% a mais de casos em crianças em apenas uma semana.

Além da superlotação no Leblon, também foram verificadas nas últimas dias superlotações nas UPAs Santa Mônica e Coronel Antonino. As duas unidades estavam lotadas, com muitas pessoas em pé e do lado de fora aguardando atendimento.

A titular da Sesau, Rosana Leite, orienta as pessoas com sintomas respiratórios a usarem máscaras, principalmente em locais fechados e mal ventilados com aglomeração, além das próprias unidades de saúde onde forem buscar atendimento.

Com uma espera de no mínimo duas horas, os pacientes que procuraram a UPA Leblon tiveram que enfrentar condições desumanas. A cena de pessoas deitadas no chão por conta da dor chocou a todos. Idosos, adultos e mães com crianças aguardavam para serem atendidos no saguão da unidade de saúde, onde todas as cadeiras estavam ocupadas.

Crédito da imagem: Campo Grande News

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