O drama vivido por Zenir Teresinha Bazzi, paciente internada em estado grave na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), expõe a crise enfrentada pelo sistema municipal de saúde em Campo Grande. Com complicações decorrentes de insuficiência renal crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica, Zenir aguarda há mais de 16 horas por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para ser transferida para um hospital capaz de atender seu quadro de alta complexidade.
A situação de Zenir reflete a falta de estrutura e de recursos enfrentada pelo sistema de saúde municipal. Mesmo após conseguir uma vaga no Hospital Regional, a paciente e sua família enfrentam a angústia da espera por uma ambulância que não chega. A gravidade do estado de saúde de Zenir, com batimentos cardíacos elevados e risco iminente de parada cardiorrespiratória, torna a demora no atendimento uma questão de vida ou morte.
O relato do filho da paciente, Samuel Bazzi, evidencia a sensação de desamparo e impotência vivida pela família diante da ineficácia do sistema de saúde. A promessa do Samu de enviar uma ambulância dentro de três a quatro horas não se concretizou, deixando a família em um estado de desespero e incerteza quanto ao futuro de Zenir.
A situação é agravada pelo cenário preocupante das ambulâncias do Samu em Campo Grande. Com metade da frota parada e viaturas encalhadas por meses aguardando reparos, a capacidade de resposta do serviço fica comprometida, colocando em risco a vida de pacientes em situações emergenciais.
Diante desse cenário alarmante, é urgente que as autoridades responsáveis tomem medidas efetivas para garantir um atendimento de qualidade e ágil aos cidadãos de Campo Grande. A saúde não pode ser tratada com descaso e negligência, e cada vida perdida devido à ineficiência do sistema é uma tragédia evitável que não pode ser ignorada.