O ex-ministro da Casa Civil condenado no mensalão, José Dirceu, discutiu com aliados petistas as indicações dos ministérios do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, quinte dias após a reeleição da presidente. As revelações foram encontradas em mensagens de whatsapp no celular de Dirceu apreendido pela Polícia Federal na Lava Jato.
“Tem que ser nomes com visibilidade e aceitação na sociedade em amplos setores de cada área, senão não acabará bem esse mandato”, avaliou Dirceu em diálogo com a historiadora e militante petista Maria Alice Vieiras.
Segundo informações do Estadão, na ocasião, eles conversaram sobre a saída de Marta Suplicy da pasta e a possibilidade de ela deixar o PT para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016, o que acabou ocorrendo.
“Falei com Fernando sobre cultura e ele citou Samuel Guimarães…viu que Marta já fala em ir para outro partido, disputar a eleição em 16!!!”, exclamou o ex-ministro. “Barreto vem almoçar quarta-feira, disse que é urgente, deve ser o mesmo assunto”, diz Diceu.
“Por aqui o que se diz que ela no PT disputará prévias com Haddad, uma loucura. Samuel não tem condições, acho que. Porque mesmo que todos esses processos são tão mal encaminhados?”, questiona Maria Alice.
“Não acredito que o PT aceitará e cometerá de novo esse erro”, responde o ex-ministro. “Ele e ela se desentenderam pelo visto, e muito, no passado…”, segue Dirceu, que mesmo cumprindo sua pena no mensalão discute nomes com Maria Alice.
As mensagens confirmam que Dirceu, mesmo afastado, ainda acompanhava de perto as movimentações do PT.