O Governo de Mato Grosso do Sul intensifica o combate aos incêndios florestais no Pantanal por terra, ar e rio Paraguai. Desde 2 de abril, com a Operação Pantanal 2024, e na ‘fase de resposta’ desde 11 de junho, as equipes usam tecnologias avançadas para detectar focos de incêndio e dirigir esforços de maneira eficiente.
Ação Aérea e Terrestre
Neste sábado (22), aeronaves do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) e da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA) focaram na área conhecida como Bracinho, próxima ao Porto Geral de Corumbá. A região tem sofrido com fumaça intensa, perturbando os moradores. As aeronaves, equipadas com ‘bambi buckets’ com capacidade de 820 litros, captam água do rio Paraguai e lançam sobre os focos de incêndio.
O Air Tractor, uma aeronave com capacidade para 3 mil litros de água, tem sido essencial para atingir áreas de difícil acesso. “Operamos em áreas estruturadas e fazendas afastadas, levando nossa equipe o mais próximo possível do foco”, explica o capitão Jonatas Lucena, do GOA.
Combate Noturno
O combate noturno é uma estratégia essencial devido às condições extremas durante o dia, como temperaturas de até 46°C e umidade relativa do ar de 13%. “À noite, as condições atmosféricas melhoram, facilitando o combate aos incêndios”, afirma a tenente-coronel Tatiana Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros.
Desafios do Solo Pantaneiro
O solo de turfa, típico do Pantanal, alimenta os incêndios florestais de maneira complexa. “A decomposição da matéria orgânica cria bolsões de ar altamente inflamáveis no solo”, explica Tatiana Inoue.
Coordenação e Investimentos
A atuação é coordenada pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI) em Campo Grande, integrando forças de segurança estaduais e federais. O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Adriano Rampazo, destaca a importância dessa coordenação integrada.
O Governo de MS já investiu R$ 50 milhões na estrutura de combate, incluindo a instalação de 13 bases avançadas no Pantanal. A Lei do Pantanal foi elaborada e está em execução para enfrentar os desafios ambientais.
Apoio Federal
Recentemente, o Governo de MS solicitou e recebeu apoio federal, incluindo três aeronaves do ICMBio, quatro aeronaves de grande porte do Exército e 50 homens da Força Nacional. Duas aeronaves Air Tractor já estão operando em Corumbá.
O coronel Rosalino Gimenez, do CGPA, destaca a responsabilidade aumentada: “Já atuamos na Amazônia e no Rio Grande do Sul. Agora, estamos focados em nossa casa com ainda mais responsabilidade.”