Sistema defensivo forte, vexame na Libertadores, saída de jogadores e algumas críticas; confira essas e outras coincidências entre os dois últimos títulos do Timão na competição.
O ano de 2015 ficará na memória do Corinthians. A equipe comandada por Tite foi de “melhor do Brasil” a eliminada em duas competições num curto intervalo de tempo (Libertadores e Paulista) e chegou a se aproximar do ‘fundo do poço’. No entanto, o Timão conseguiu se reerguer e garantiu o seu sexto título do Campeonato Brasileiro , depois de uma campanha incontestável ao longo da temporada.
O técnico Tite foi o principal personagem do grupo que conquistou o hexacampeonato na última quinta-feira, e assim como em 2011 (ano do penta do Corinthians no Brasileirão), conseguiu montar um time bem postado no ataque, consistente na defesa, mesmo sem contar com nenhuma ‘grande estrela’. Além disso, naquela época, o time também passou por uma eliminação precoce e vexatória na Libertadores, perdeu jogadores importantes e em alguns momentos, também foi muito criticado por sua postura defensiva.
Em 2011, o Timão não começou bem e acabou amargando uma dolorosa eliminação ainda na Pré-Libertadores diante do Tolima, com o mesmo Tite no comando. Ronaldo se aposentou logo depois e outros jogadores, como Roberto Carlos, deixaram o time. Pressionado e vivendo momentos de grande tensão, o treinador foi bancado pela diretoria.
Já em 2015, o Corinthians foi apontado desde o início da temporada como um dos melhores times do Brasil, e conseguiu facilmente chegar nas fases decisivas do Campeonato Paulista. Em paralelo, o Alvinegro despontou como um dos favoritos ao título da Libertadores, e também não teve dificuldades na fase de grupos da competição, classificando-se em primeiro do Grupo 2, superando São Paulo, San Lorenzo e Danubio.
No entanto, nem tudo foram flores: na fase semifinal do Paulistão, o Corinthians acabou eliminado pelo Palmeiras na sua Arena. Em seguida, o Timão também se despediu da Libertadores, nas oitavas de final, após duas derrotas para o modesto Guaraní (PAR). Foi aí que o time que era considerado o melhor do Brasil passou a ser duramente criticado.
Com a saída de Paolo Guerrero e Emerson Sheik depois do vexame, a falta de efetividade no ataque se tornou uma das principais insatisfações da torcida. Até um certo ponto do Brasileirão, o elenco ficou marcado por suas vitórias apertadas por apenas um gol de diferença (1 a 0 ou 2 a 1), assim como também aconteceu e 2011. No entanto, o Timão ainda conseguiu equilibrar defesa e ataque e aplicou goleadas importantes principalmente no segundo turno, deixando esse rótulo pra trás.
Vagner Love foi um personagem à parte, deixando de ser um dos vilões do time e marcando gols decisivos. Antes disso, amargou falta de condicionamento, jejum de gols e perdeu a vaga para Luciano. Voando em campo, o jovem atacante se tornou o xodó da Fiel em poucos jogos, mas acabou sofrendo uma grave lesão que o tirou dos gramados em 2015.
No seu retorno, o Artilheiro do Amor melhorou o seu desempenho e já está entre os goleadores do Brasileirão e do Corinthians nesta temporada, com 13 gols.
Diferente do ataque, o sistema defensivo sempre foi um diferencial e está se consagrando como o melhor do Brasileirão: foram apenas 27 gols sofridos até o momento. No ano do penta, a defesa também foi a menos vazada com 36 em 38 jogos.