Em uma Assembleia Geral Extraordinária realizada com mais de 700 contribuintes, a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) planejou uma importante mudança em seu modelo de contribuição para tratamento odontológico e outras terapias que envolvam o uso de materiais de OPME (Órtese, Prótese e Materiais Especiais).
Na decisão tomada nesta quinta-feira (27), foi aprovada a exclusão da cobrança do fator participativo em tratamentos odontológicos e terapias que obrigam o uso de OPMEs. No novo modelo, será integrada uma contribuição fixa mensal de R$ 45 por beneficiário, com um limite de R$ 180 por grupo familiar natural, exclusiva os agregados, que contribuirão individualmente.
Anteriormente, o modelo previa uma coparticipação de 20% em relação aos materiais de OPME utilizados nos procedimentos, o que poderia gerar valores elevados para os beneficiários. Com a mudança, a contribuição será fixa e mais acessível, proporcionando maior previsibilidade financeira aos usuários.
Por exemplo, em um procedimento em que a Cassems investiu R$ 205.222,00 na cobertura do OPME, a coparticipação do beneficiário, de 20%, resultou em R$ 41.044,40 a ser pago por ele.
Atualmente, a Cassems possui aproximadamente 18 mil pessoas em débito com o plano, resultando de tratamentos e terapias que envolvem o uso de OPMEs. Essas dívidas, somadas, atingem o montante de R$ 28.65.512,98, com parcelamentos planejados até o ano de 2051.
Mesmo com a mudança na forma de contribuição, o valor médio do plano de saúde, que é de R$ 362,00, permanecerá inalterado.
A Cassems planeja realizar uma nova assembleia em um ano para apresentar estudos de resultados que avaliam os efeitos do modelo de contribuição aprovado e discutir a possibilidade de estabelecer um piso de contribuição, conforme reivindicação dos participantes da Assembleia.
O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, destacou que o novo modelo de contribuição é uma resposta ao desafio de equilibrar as contas do plano de saúde. Ele enfatizou que os beneficiários titulares entenderiam que a exclusão não foi apenas financeira, mas também garantia o acesso a tratamentos de qualidade e terapias que necessitam de OPMEs. Ayache enfatizou que os servidores públicos são a essência e o motivo de existência da Cassems.