A audiência para o caso da morte de Sophia está sendo acompanhada pelo pai da menina e há previsão de ouvir cinco testemunhas de acusação, além dos réus, que são a mãe e o padrasto da criança. A mãe de Sophia está sendo assistida pela Defensoria Pública. Familiares da menina também estão presentes em frente ao Fórum com uma faixa que destaca o artigo 227 da Constituição Federal, que assegura os direitos das crianças, adolescentes e jovens.
Sophia faleceu aos 2 anos de idade, e foi levada pela mãe a um posto de saúde, onde os médicos constataram que a criança já estava morta há pelo menos quatro horas. Tanto a mãe quanto o padrasto foram presos e indiciados pelo crime, após tentarem alterar as provas para enganar a polícia.
A prisão preventiva foi decretada para preservar a prova processual e evitar a tentativa de alteração de provas. O casal foi levado para unidades penitenciárias, e a mãe da menina foi encaminhada para o interior do Estado, enquanto o padrasto foi enviado para a Gameleira de Segurança Máxima. Sophia passou por diversos atendimentos em unidades de saúde, incluindo febres, vômitos, queimaduras e uma tíbia quebrada.
A criança foi atendida várias vezes em menos de três meses, sem que nenhum relatório fosse repassado sobre os atendimentos. Quando Sophia chegou à unidade de saúde já estava morta há pelo menos quatro horas, com sinais de rigidez, hematomas por todo o corpo e sangramento pela boca. As médicas que atenderam a menina constataram sinais de estupro na criança. A mãe da menina negou ter levado a filha já morta para o atendimento, mas disse que ela e o atual marido aplicavam “corretivos” na criança. O padrasto negou ter agredido a enteada naquele dia, mas admitiu ter batido na criança três dias antes.