Bolsonaristas falam em traição de Zambelli após críticas a ex-presidente 

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Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) criticaram a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelas declarações feitas pela congressista sobre o ex-presidente. Nos bastidores, a parlamentar vem sendo chamada de nova Joice Hasselmann e falam em traição.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, nesta quarta-feira (22), Zambelli afirmou que o ex-presidente deveria ter sido incisivo contra os atos de apoiadores em frente aos quartéis do Exército e estar no Brasil para liderar a oposição contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Passar um tempo fora para pensar no que vai fazer é legítimo. Mas concordo que ele deveria estar aqui para liderar a oposição. A gente teria mais condições, capacidade e força”, afirmou a congressista.

“Discordo da maneira como ele levou aquele tempo todo [para falar após a eleição]e o silêncio que teve. Ele tinha que organizar a oposição, orientar a gente, ele tinha 28 anos de Câmara. Tínhamos que mostrar nosso descontentamento até para incentivá-lo a ser a voz da oposição”, disse. “Na live que Bolsonaro fez em 30 de dezembro, ele tinha que ter deixado claro o que pensava. Ele seria um remédio se tivesse dito que era para as pessoas saírem dos quartéis.”

O vereador bolsonarista Fernando Holiday (Republicanos) afirmou em seu perfil no Twitter que “é fácil criticar Bolsonaro agora que o cerco apertou. Mas para conseguir votos eram só sorrisos e fotos. Carla Zambelli é deputada graças a Bolsonaro e ajudou a detonar sua campanha na reta final”.

Caio Coppolla, comentarista ligado à direita, endossou as críticas. “Era só o que faltava! O povo ficou mais de dois meses pacificamente em frente aos QGs, tudo dentro da lei. Então o povo não pode questionar o processo eleitoral, deputada?”, escreveu no Telegram.

O ex-deputado estadual Arthur do Val afirmou que “puxar saco e passar pano não fica tão interessante quando o alvo perde o poder”. Em seu perfil no Twitter, publicou: “Zambelli: Bolsonaro me traiu e fez acordo com Alexandre de Moraes. (…) O oportunismo no Brasil chega a ser caricato”.

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