Os três criminosos presos em São Paulo pelo furto ao apartamento do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmaram que desconheciam a identidade do proprietário do imóvel. O crime ocorreu no último domingo (9) e o prédio foi escolhido por ser de alto padrão.
Os delegados Pedro Henrique Cunha e Roberto Guimarães, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), concederam uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (12) para fornecer detalhes sobre o caso. No momento do furto, não havia ninguém no apartamento, permitindo que os bandidos levassem diversas joias e dinheiro.
De acordo com os delegados, os criminosos não sabiam que o apartamento invadido pertencia ao ex-governador. Eles vieram de São Paulo especificamente para cometer o crime e retornaram no mesmo dia para a capital paulista em um carro alugado. No entanto, foram monitorados pelo Garras, que, em parceria com a polícia de São Paulo, realizou as prisões. Os três homens, com idades entre 20 e 30 anos, estão presos em Campo Grande, acusados de furto qualificado e associação criminosa.
O modus operandi da quadrilha, segundo os delegados, é sempre o mesmo: eles procuram apartamentos de luxo na internet e viajam para as cidades onde cometem os furtos. Eles entram discretamente nos prédios, vestidos de maneira elegante para não levantar suspeitas, fingindo ser moradores ou parentes de condôminos. Uma vez dentro, sobem ao andar mais alto e começam a vasculhar de cima para baixo, procurando apartamentos vazios. Sem utilizar armas de fogo, arrombam as portas com chaves de fenda ou chutes, como no caso mais recente.
A polícia confirmou que a quadrilha já realizou furtos semelhantes em seis estados além de São Paulo: Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e, agora, Mato Grosso do Sul.
A Prisão
Os criminosos foram presos em São Paulo no início desta semana, após a interceptação do carro em que estavam – um Citroën. A polícia monitorou o veículo até identificar o trio. Ao abordá-los, os policiais encontraram itens pertencentes ao ex-governador e R$ 67 mil em dinheiro, resultado da venda de joias, além de itens de outras vítimas da quadrilha.
As investigações agora continuam para identificar os receptadores dos itens furtados, segundo os delegados do Garras.