Apesar do aumento de casos, Secretário de Saúde afirma que Covid não preocupa com as aglomerações do Carnaval
Nas primeiras três semanas de 2024, Mato Grosso do Sul enfrentou um aumento significativo de 304,3% nos casos de Covid-19, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde. O primeiro boletim epidemiológico do ano, publicado em 3 de janeiro, reportou 138 novos casos e três óbitos confirmados – datados de anos anteriores. Em contrapartida, o boletim mais recente, divulgado na última semana, confirmou 558 novos casos e cinco óbitos, sendo três ocorridos em 2024.
Em meio às preocupações com a aproximação do Carnaval, evento propenso a aglomerações em diversas cidades do Estado, o secretário estadual de saúde, Maurício Simões Corrêa, demonstrou tranquilidade. Ele considera a Covid-19 como apenas “mais uma” síndrome respiratória, destacando a importância da vacinação como medida crucial de prevenção. “A preocupação não é apenas com a Covid-19, mas com todas as doenças virais. Ambientes de aglomeração facilitam o contágio, e a vacinação é o ponto mais importante, com boa parte da população já imunizada”, afirmou o secretário.
Uma nova variante, a JN1, está prevista para chegar em breve a Mato Grosso do Sul, conforme informações da secretária adjunta da Sesau, Rosana Leite. A característica principal da nova variante é a alta transmissibilidade, embora costume apresentar sintomas leves. Com 79,46% da população do Estado com esquema vacinal completo, a Sesau oferece testes e vacinação, incentivando especialmente os grupos de risco, como crianças e idosos, a receberem o reforço, caso tenham sido vacinados há mais de seis meses.
As autoridades recomendam a manutenção da vacinação em dia e a conclusão do ciclo de imunização contra a Covid-19 e outras doenças. O médico infectologista Julio Croda esclarece que, a partir de agora, apenas os grupos de risco devem tomar vacina anualmente. “Quem já tomou quatro doses e não faz parte desse grupo não vai precisar mais tomar outras doses, pelo menos não pelo SUS. Se a pessoa quiser atualizar por causa de uma nova variante, a aplicação da dose pode ser feita como é hoje no caso da Influenza, que podemos tomar em clínicas privadas”, sugeriu o especialista.
Dengue
O Secretário Estadual de Saúde destacou a atual preocupação da pasta com a possibilidade de uma epidemia de dengue.
“Nós sabemos que existem epidemias em outros estados, essa é a nossa preocupação”, comentou Maurício Simões.
Os números apresentados revelam uma escalada preocupante, pois, em 2023, 42 pessoas perderam a vida devido à dengue no Estado, representando um aumento de 75% em relação ao ano de 2022, quando foram registrados 24 óbitos, e um aumento significativo de 200% em comparação com 2021, que contabilizou 14 mortes pela mesma causa.
Fonte Correio do Estado