As empresas distribuidoras e os consumidores em Campo Grande estão sentindo os efeitos do aumento do preço do gás de cozinha em todo o país. Desde o dia 1º de maio, o preço médio do botijão de gás subiu 11,9% em todo o país devido ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com uma alíquota única em todo o país. Esse aumento impacta mais em Mato Grosso do Sul, pois antes cada estado cobrava um ICMS diferente no produto, e agora o valor foi unificado, fazendo com que o estado tenha o maior impacto de todo o país, chegando a 84,5%.
No estado, o aumento é de R$ 7,49, o valor mais caro do Brasil, e os moradores de Campo Grande podem desembolsar cerca de R$ 135 para comprar um botijão de gás. Em média, o ICMS representa R$ 14,60 do valor do botijão de gás, mas a taxa subiu para R$ 16,34 neste mês.
Segundo o presidente do Sinergás, Zenildo Dias do Vale, o acréscimo de R$ 7,49 refere-se ao valor de compra para revendedoras, mas para o consumidor final, o preço pode ser ainda mais alto. Algumas empresas, como a Péddy Gás, localizada no bairro Caicara, precisaram aumentar em R$ 8,50 em cima do custo, e o gás de cozinha pode ser encontrado por R$ 120 a R$ 125 da marca Copagaz e Supergás por lá. Já na Copagaz Expresso, o botijão da mesma marca é vendido por R$ 135, enquanto o da Supergás está R$ 133, já com o reajuste do ICMS e com entrega, dependendo do endereço.
Algumas empresas de Campo Grande ainda aguardam o fim do estoque para reajustar o valor, como a Marques Gás, na Antônio Maria Coelho, que cobra R$ 120 com a entrega, mas afirma que ainda não subiu o valor. O mesmo é observado na empresa Minas Gás, que também vende botijão a R$ 120, mas o valor pode subir R$ 7,50 quando precisar comprar um novo estoque.
De acordo com a tabela do Sinergás, Mato Grosso do Sul tem o maior índice de aumento aplicado (R$ 7,49), seguido da Bahia (R$ 7,12), Sergipe (R$ 5,94), Rio de Janeiro (R$ 5,43), Amapá (R$ 5,06), São Paulo (R$ 3,56), Piauí (R$ 3,39), Goiás (R$ 3,07) e Distrito Federal (R$ 3,04). Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Santa Catarina aparecem com redução no valor, com decréscimo de R$ 0,19, R$ 0,24 e R$ 4,67, respectivamente. O aumento estava previsto inicialmente para abril, mas foi remanejado para maio.