No dia 4 de junho, o prefeito de Corumbá, Marcelo Aguilar Iunes (PSDB), enfrentará uma audiência de instrução e julgamento devido a uma ação movida contra ele desde 2020 por suspeita de nepotismo e improbidade administrativa. O despacho, emitido pela juíza Luiza Vieira Sá de Figueiredo da Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, autoriza a produção de prova testemunhal. As partes e testemunhas devem comparecer à sala de audiências da Vara, em Corumbá, até 10 dias após a intimação.
A ação foi iniciada após denúncias de nepotismo, com Marcelo Iunes nomeando parentes em cargos de comissão. Em 2020, ele publicou um decreto dispensando seu irmão, Eduardo Aguilar Iunes, das funções na Junta Administrativa da Santa Casa de Corumbá, além de exonerar o concunhado, Eduardo Alencar Batista, do cargo de Assessor-Executivo III. Essas exonerações foram feitas em resposta a uma decisão judicial em atendimento à uma ação civil pública do Ministério Público Estadual (MPMS).
Marcelo Iunes enfrenta acusações de improbidade administrativa por nomear parentes consanguíneos e por afinidade em cargos públicos municipais. A ação movida pelo MPMS pede a suspensão das nomeações, condenação por improbidade administrativa, ressarcimento do dano, perda de função pública, perda dos direitos políticos por até 5 anos e multa civil.
Entre os parentes nomeados estão Marcelle Andrade Teixeira, esposa de José Batista Aguilar Iunes, irmão de Marcelo, que foi nomeada para cargo na Secretaria Municipal de Assistência Social, e Eduardo Aguilar Iunes, irmão do prefeito, nomeado para a Junta Administrativa da Associação Beneficente de Corumbá. O MPMS também denunciou a nomeação de Eduardo Alencar Batista, cunhado de Amanda Cristiane Balacieri Iunes, primeira-dama de Corumbá, para cargo na Secretaria Municipal de Educação.
As denúncias de nepotismo na gestão de Marcelo Iunes geraram diversas reportagens, destacando a nomeação de membros da família em cargos de confiança na prefeitura de Corumbá.