Um grupo de assistentes das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) de Campo Grande buscam solução relacionadas aos salários e ao déficit de profissionais dentro das salas de aula. Esses foram os principais motivos que levaram à paralisação das assistentes em algumas unidades de educação infantil da cidade nesta terça.
Natali Pereira, uma das representantes da classe, informou que ainda nesta tarde as assistentes pleiteiam uma reunião com Lucas Henrique Bitencourt, secretário da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Ela ressaltou que, caso não haja um consenso e a proposta salarial não seja aceita, uma nova paralisação poderá ocorrer ainda esta semana. A expectativa é que as assistentes retornem ao trabalho nesta quarta-feira (6). “A Semed terá que participar da conversa para ouvir a nossa realidade. Eles não ouviram a categoria”, pontuou Natali. “Eles ficam em uma posição confortável enquanto nós lidamos com salas de aula superlotadas, em espaços pequenos, atendendo 24, 25 ou até 27 crianças”, acrescentou.
A categoria afirmou que voltará às atividades nesta quarta-feira (6), mas, caso a definição da reunião de hoje não seja satisfatória, notificará os pais e seguirá com os trâmites legais, podendo realizar uma nova paralisação em 72 horas.
Falta de diálogo com a prefeitura contribui para paralisação
A falta de diálogo com a prefeitura foi apontada como um dos principais motivos para a paralisação desta terça-feira. Algumas Emeis, como a Emy Ishida Nogueira, na Rua Antônio Maria Coelho, e a Eleodes Estevan, localizada na Avenida Afonso Pena, não abriram para o atendimento das crianças devido à ausência das assistentes.
Uma das principais reivindicações das profissionais é por melhores salários, já que a remuneração das assistentes atualmente é de cerca de R$ 1,5 mil. As assistentes também pedem para serem ouvidas pela prefeitura na elaboração de um novo edital e apontam a necessidade de mais funcionários para suprir a demanda.
Mesmo pegos de surpresa, muitos pais apoiam o movimento
Na Emei Eleodes Estevan, os pais foram pegos de surpresa com a paralisação. Apesar do transtorno causado pela interrupção das aulas, muitos pais demonstraram apoio ao movimento das assistentes, reconhecendo as dificuldades enfrentadas por esses profissionais.