Após anos de conflitos e um trágico assassinato, indígenas Guarani Kaiowá finalmente conquistam a posse de suas terras ancestrais em Antônio João, Mato Grosso do Sul.

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Em um acordo histórico mediado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal e estadual se comprometeram a indenizar os proprietários rurais que ocupavam a área da Terra Indígena Ñande Ru Marangatu. Com isso, o povo Guarani Kaiowá poderá, finalmente, ocupar legalmente suas terras ancestrais.

O acordo aconteceu uma semana após o assassinato do indígena Neri Guarani Kaiowá, de 23 anos, ocorrido no dia 18, o acordo feito com a presença do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), através do secretário-executivo Eloy Terena, lideranças Indígenas Guarani Kaiowá, governo do Estado, representado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) Ana Carolina Ali Garcia, e proprietários rurais, que sacramenta o fim dos conflitos pela propriedade das terras em Antônio João, dando posse da área ao povo Guarani Kaiowá.

Pontos-chave do acordo:

  • Indenização: O governo federal e estadual pagarão R$ 146 milhões aos proprietários rurais, sendo R$ 102,2 milhões pela terra nua e R$ 27,8 milhões pelas benfeitorias.
  • Prazo para saída: Os fazendeiros terão 15 dias para deixar a área após o pagamento das benfeitorias.
  • Segurança: A Força Nacional será responsável pela segurança da região durante o processo de transição.
  • Fim dos conflitos: Espera-se que o acordo ponga fim aos violentos conflitos que marcaram a região por décadas.

O acordo representa um avanço significativo para os direitos indígenas no Brasil e abre caminho para a resolução de outros conflitos fundiários.

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