NO TABULEIRO: Sobre a sucessão de Campo Grande destaco a última jogada de
mestre do vereador Carlão (PSB) que trouxe de Brasília uma valiosa carta branca de seu
partido. Consequentemente com essa posição definida ganhou status de protagonista nas
eleições e assim com direito a sentar na mesa de negociações com outros pretendentes.
CARLÃO: Um personagem forte politicamente – foge ao tradicionalismo partidário
que costuma impor esse ou aquele candidato. Carlão tem suas raízes fincadas na
periferia e consegue manter ou conservar essa imagem e vínculos. E como presidente da
Câmara Municipal vem provando essa liderança ao saber se conduzir.
CONCORRÊNCIA: Ela existe. Todos os demais pré-candidatos e que sonham em ser
protagonistas reconhecem a força crescente de Carlão. Os mais ousados admitem que o
ele seria o nome ideal como candidato a vice prefeito. Sobre isso não consegui ouvi-lo.
O ‘almoço’ ainda está cru – mas muita gente de olho em volta da mesa do ‘banquete’.
ATENÇÃO: O passado mostra que não se discute certos valores e nem ideologia nas
eleições municipais. A aferição do eleitor é diferente, tem seus próprios conceitos para
uma avaliação e escolha. No caso específico de Campo Grande sinto que a população
anda um tanto quanto ressabiada. Aí pode estar a diferença.
DE LONGE: O deputado Pedrossian Neto (PSD) antecipando – pretende se dedicar
exclusivamente ao mandato, estudando questões e assuntos que sua formação de
economista autoriza. Ao cronista foi taxativo: não pretende participar da campanha
eleitoral das eleições municipais da capital em 2024. Afirmação convicta, interessante.
CONSCIÊNCIA: Parece não faltar ao parlamentar em relação ao ônus de honrar o
enraizado e emblemático legado familiar. Sabe que não pode errar ou decepcionar em
qualquer situação. Tem absoluta consciência – apesar de sua conduta discreta e simples,
de que estará sempre sob a mira dos holofotes da crítica. É o preço da notoriedade.
AÇÕES & DEPUTADOS: Gerson Claro (PP): as portas do seu gabinete abertas a
diferentes segmentos da sociedade; paciente, sem abrir mão das prerrogativas,
impecável no comando das sessões. Leva nota 10 dos colegas. Paulo Corrêa (PSDB):
em sintonia com suas fieis lideranças – das quais é o interlocutor junto ao Governo;
assíduo 1º Secretário às sessões e cuida da administração da Casa de Leis. Roberto
Hashioka (União Brasil): agraciou a artesã nova-Andradinense Geza Andrade com a
medalha Conceição dos Bugres em evento no último dia 28; Vigilante, monitora ações
do Governo para recuperar rodovias da malha da sua região. Pedro Kemp (PT): alerta
para o excesso de burocracia prejudicando os professores na sala de aula; presidiu a
vitoriosa audiência sobre a violência contra as mulheres e tem participado dos debates
sobre educação e saúde. Professor Rinaldo: abordou questões da educação, violência,
insatisfação dos professores; projeto de sua autoria declara patrimônio cultural imaterial
‘A marcha para Jesus’; seu PL prevê pulseira com QRCode aos doentes crônicos ou em
vulnerabilidade. Lucas de Lima (PDT): Presidiu a audiência de prestação de contas da
Secretaria de Saúde; em Brasília esteve com o ministro Carlos Lupi da Previdência
Social; aprovado do ‘Dia do Rasqueado’ a ser comemorado no dia 7 de setembro em
homenagem a cantora Delinha. Marcio Fernandes (MDB): presidente da Comissão
da Agricultura atento as negociações com o Planalto sobre as indenizações das terras invadidas no MS; atendendo pedido do prefeito Waldomiro Sobrinho de Mundo Novo
viabilizará ação do ‘CastraMóvel’ naquela cidade.
WELCOME: A futura deputada Gleice Jane (PT) tem notável trajetória sindicalista.
Vontade não lhe falta, mas não basta. O mandato envolve vários fatores. Seus poderes
limitados. Na Assembleia Legislativa cultiva-se o pluralismo de ideias, ao contrário dos
sindicatos. Um ‘papo conselho’ com o cardeal Londres Machado cairia bem. De leve.
DICA: Conhecer o regimento interno é fundamental. Às vezes parlamentares iniciantes
no ímpeto de corresponder aos eleitores cometem excessos, se desgastam pelas críticas.
É preciso se conscientizar: não há milagres nos parlamentos – tipo assim ‘ressuscitar o
Mar Morto’, ‘revogar a lei da oferta e da procura’ ou a ‘Lei da Gravidade’.
POLÍTICA & LEITE: O dedicado deputado Renato Câmara (MDB) quer o setor
leiteiro com incentivos fiscais iguais aos dados à avicultura. O número de produtores,
do rebanho e do leite diminuiu no MS. De 2010 a 2020 a queda de produção foi de
42%. Em 2020 caímos do 12º lugar no ranking nacional para 19º. Câmara conta com a
mão amiga do governador Riedel (PSDB) na questão.
DEPUTADOS & AÇÕES: Antônio Vaz, (REP); tem proposta prevendo a instalação
de Centros Regionais de Referência em Transtorno-autista para fortalecer as redes
municipais de saúde; comemora o sucesso do evento ‘Avança Mulheres Republicanas-
MS’; Defensor da família, educação e saúde. Mara Caseiro (PSDB): proposta sua
beneficia portadores da Atrofia Muscular Espinhal; presidiu evento em homenagem aos
artesãos de MS; presidiu reunião da CCJR. João Catan (PL): atuante nas sessões
ordinárias, nas Frentes Partidárias e nas diferentes comissões que integra. Advogado
tem intimidade com a legislação em geral. Zé Teixeira (PP): ativo nos debates dos
mais diferentes temas em plenário; ligado a prefeituras, câmaras e sindicatos rurais
monitora as condições das estradas vicinais e rodovias após as chuvas. Londres
Machado (PP): intensa a romaria em direção ao seu gabinete parlamentar. Líder do
Governo, conduz com maestria a análise dos projetos importantes da administração
estadual. Segurança inabalável. Renato Câmara (MDB): anuncia a retomada da Frente
Parlamentar do Leite; pede instalação da Casa da Mulher Brasileira em Dourados;
comemora o sucesso do IV Seminário da Água que presidiu. Jamilson Name (PSDB):
recebeu vereadores de Corguinho; em pauta pedido de obras de recuperação de estradas
para escoamento da safra. A reivindicação endereçada a Agesul. Apoia a assistência aos
municípios e entidades sociais em geral. Neno Razuk (PL): sua proposta incentiva os
jovens na agricultura familiar; presente nas comemorações dos 30 anos de fundação da
UEMS; eleito para o honroso cargo de Corregedor Geral da Alems.
PODER: Ele poderia estar quieto cuidando de seus afazeres e da família. Mas Riedel é
mais um inquieto que faz dos desafios seu alimento. Ser apenas o Secretário de Governo
é diferente da titularidade do Governo. Em apenas 90 dias percebe-se as mudanças na
fisionomia de Riedel, envolvido de corpo e alma na administração. Ama o que faz.
CALMA! Para sorte os ventos estão soprando a favor do MS. Mas não será sempre
assim, como tudo na vida. Virão desafios administrativos e questões da política (sempre
ela!) que atrairão críticas e outras consequências como ocorrem em todas as
administrações públicas. Mas a imagem de gestor técnico de Riedel é muito forte junto
a opinião pública. Isso faz a diferença.
OPOSIÇÃO? Não consigo visualizá-la até aqui. Discursos esparsos na Assembleia
com críticas e reparos não chegam a configurar uma posição definida que possa fazer
parte de um determinado grupo e projeto político. Parece haver conscientização de que
críticas ilógicas possam se transformar num bumerangue e atingir o próprio crítico.
ELEIÇÕES: Se 2023 deva correr sobre carretéis, 2024 deve apresentar alterações
naturais pela própria natureza do pleito. Será impossível contentar a todos os políticos e
partidos nesta ou naquela cidade. Mas esse assunto ainda não é prioridade do Governo
como tem demonstrado na mídia. Lembrando aquele personagem noturno de Londres:
“Vamos por partes”.
NA ASSEMBLEIA: Rafael Tavares (PRTB): seu projeto proíbe exigência do CPF
do cliente nas farmácias/drogarias; registrou seu protesto pela liberdade de mensagens
incentivando a prostituição/violência/pornografia no meio artístico que influencia a
juventude. Seu discurso é forte. João Mattogrosso (PSDB): quer restaurantes
populares nas principais cidades do MS; pés no chão, postura discreta, adota o estilo de
não prometer milagres; presente nas comemorações dos 30 anos da UEMS em
Dourados. Junior Mochi (MDB): recuperado da Covid-19; pede ao Estado ônibus
destinado à Secretaria de Saúde de Coxim; autor de requerimentos e indicações em prol
de vários municípios; requer abatimento do valor da mensalidade dos funcionários da
prefeitura de Pedro Gomes junto a Cassems. Pedrossian Neto (PSD): denunciou que
empresas beneficiadas por concessões de benefícios fiscais estão destinando poucos
recursos ao Fundo Estadual para Infância e Adolescência. Foi apoiado por vários
deputados em futuros procedimentos fiscais. Lídio Lopes (Patri): pede a recuperação da
BR-267 entre Jardim e Porto Murtinho; a recuperação do recapeamento e implantação
de 3ª. Faixa na MS 276 entre Batayporã e a MS 480; redutor de velocidade na MS-470
em frente ao portão de acesso a Aldeia Lagoa Rica em Douradina e cascalhamento na
MS-040 (Brasilândia a Sta Clara). Lia Nogueira (PSDB): antenada, insiste no curso de
Medicina da UEMS em Dourados, presente à audiência pública sobre Educação Inclusiva na Câmara Municipal de Dourados; detalhou o quadro grave da violência que
vitima mulheres e crianças em Dourados. Pede o funcionamento 24 horas por dia das
Delegacias destinadas ao atendimento às mulheres. Segura e objetiva na tribuna.
LUCAS DE LIMA: O campeão de votos para deputado estadual em Campo Grande
também de olho na prefeitura da capital. Nesta semana esteve com Carlos Lupi –
comandante do PDT e Ministro da Previdência Social, de quem recebeu a missão de
reconstruir o partido no Mato Grosso do Sul e ser o candidato pedetista a prefeito. Mais
um protagonista em torno do tabuleiro sucessório.
BOLSONARISMO GUAICURU: Quem, sem mandato, sobreviverá escorado no
legado de Bolsonaro? O ex-deputado Contar é um exemplo. Na outra ponta, em situação
confortável estão os deputados Carlos Pollon (PL), Luiz Ovando (Progressistas) e
Rodolfo Nogueira (PL) – cada qual com nichos eleitorais. O último deles por exemplo –
tem a sua volta a classe dos ruralistas da Grande Dourados. Todos prometem resistir na
oposição.
PILULAS SALGADAS:
Está morrendo o nosso passado e insisto: um dia, acordaremos sem passado. (Nelson
Rodrigues)
Inviável filmar faroeste no Brasil; é difícil separar mocinhos de bandidos. (internet)
Financiadores de campanha dão de colher, cobram com retroescavadeira. (internet)
Em Brasília não se chama mais ninguém de ladrão, mas de pessoa movida pela
ideologia da propina. (Millôr)
Já tivemos grandes vultos na política. Hoje são apenas sombras. (Carlos Castelo)
Líderes mundiais visitando Japão e China por negócios e você ainda crê que todo chinês
é pasteleiro e todo japonês tintureiro. (internet)
Morrer por uma ideia é um gesto nobre. E seria mais nobre ainda se a morte fosse por
ideias verdadeiras. (H.L. Mencken)
Essa discussão política está parecendo briga por pontos de prostituição. (prof.
Thimpor)
O presidente que deixa o poder passa a ser, automaticamente, um chato. (Nelson Rodrigues)