Além do surto doenças respiratórias em crianças, mão-pé-boca se espalha em Campo Grande

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Crianças em Campo Grande estão enfrentando não apenas surtos de doenças respiratórias, mas também contaminações de mão-pé-boca, causada pelo vírus Coxsackie. Apesar do alerta da Secretaria Estadual de Saúde há seis meses sobre o surto da doença em Mato Grosso do Sul, o número de casos continua alto. A doença é contagiosa e pode causar aftas na boca e lesões nas mãos e nos pés.

Uma funcionária de uma creche afirmou que, apesar do surto no ano passado ter pego os colaboradores de surpresa, agora eles sabem como proceder. No entanto, uma mãe relatou que sua filha de um ano e três meses pegou recentemente a doença na escola. Pelo menos quatro crianças da creche contraíram a doença. O médico pediatra Alberto Cubel explicou que o contágio pode ocorrer por meio do contato direto com saliva e fezes, mesmo antes da criança apresentar sintomas.

O tratamento para a mão-pé-boca inclui repouso, alimentação líquida, hidratação e analgésicos. Em casos complicados, pode ser necessário internação hospitalar e uso de imunoglobulina e antivirais específicos. A prevenção consiste em evitar o contato da criança doente com crianças saudáveis, além de lavar as mãos com frequência e higienizar o ambiente.

Além disso, as doenças respiratórias têm causado um aumento significativo na demanda por internações de crianças em Campo Grande, com três vítimas fatais menores de um ano de idade, somente este ano. As SRAG são causadas pelo aumento da circulação de vírus, incluindo o da Covid-19, e têm afetado principalmente crianças. Desde março, a cidade tem enfrentado problemas na saúde pública e privada, com falta de leitos pediátricos em hospitais. A Secretaria Estadual de Saúde registrou 602 internações por doenças respiratórias em Campo Grande entre 12 de fevereiro e 10 de abril de 2023, sendo 70% das internações em crianças de zero a nove anos. O cenário atual é classificado como atípico pela Sesau.

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