O açougue que teve mais de seis toneladas de produtos impróprios para consumo apreendidos durante uma fiscalização da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), em conjunto com fiscais da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Procon e a perícia da Polícia Civil, já havia sido vistoriado dez dias antes.
Na visita anterior, uma médica veterinária formulou um termo de constatação no dia 16 de setembro, apontando alguns dos problemas que foram novamente evidenciados durante a fiscalização subsequente. Estes problemas incluíam a presença de moscas, a falta de temperatura adequada para a conservação dos alimentos, câmaras operando fora das temperaturas ideais, produtos vencidos e sem procedência, além de frios em mau estado.
A proprietária do estabelecimento, uma mulher de 63 anos, alegou que as carnes e verduras estragadas estavam destinadas ao descarte. No entanto, a polícia descobriu que todas as câmaras estavam em condições precárias de higiene, com piso quebrado, poças de água de degelo, sangue no chão e nas paredes, fios descascados e outros riscos para a segurança no local de trabalho.
Em maio, o estabelecimento já havia passado por uma fiscalização. A defesa da mulher solicitou sua liberdade provisória, alegando que ela é idosa, possui bons antecedentes, residência fixa, trabalho lícito e é hipertensa. Até o momento, o resultado da audiência de custódia não foi divulgado.
No total, foram apreendidas 6,3 toneladas de produtos impróprios para consumo no local. O açougue foi interditado, mas o mercado permanece aberto, enquanto a proprietária foi presa em flagrante. A polícia acredita que as câmaras eram desligadas todas as noites para economizar energia elétrica, por isso os alimentos estragavam.