Na arena política de Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes, pré-candidata à prefeita nas eleições de 2024, continua a surpreender – e não exatamente pelos melhores motivos. Sua trajetória recente parece um roteiro de novela, com reviravoltas dignas de um drama político. Desde o anúncio de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que rapidamente se desfez ao descobrir que Bolsonaro preferia apoiar seu rival, o pré-candidato Beto Pereira, a prefeita agora se destaca por sua habilidade em transformar até mesmo a política em uma comédia de erros.
O mais recente episódio desse enredo desconcertante envolveu a senadora Tereza Cristina, uma aliada que entrou na trama com a promessa de solucionar o dilema da escolha do vice. No entanto, a situação se agravou ao ponto de que a senadora, que inicialmente parecia ser a heroína da história, acabou se tornando a figura mais constrangida. A busca de Lopes por um vice adequado resultou em uma sequência de gafes que quase levaram a uma crise política ainda maior.
O drama político atingiu seu ápice com a recusa do capitão Contar, que inicialmente parecia ser uma escolha promissora para a chapa de Lopes. Com o fracasso dessa tentativa, a prefeita recorreu a Luiz Ovando, deputado federal e apresentador do programa “Tribuna da Saúde”. No entanto, a escolha de Ovando trouxe novos problemas, revelando uma falta de coordenação que é emblemática da gestão atual.
O deputado federal Luiz Ovando, embora tenha sido escolhido como vice, enfrentou um impasse jurídico significativo: ele não se afastou do seu programa de TV dentro do prazo exigido pela lei eleitoral. Com episódios transmitidos nos dias 5 e 12 de julho, a violação das regras eleitorais ameaça invalidar sua candidatura e expõe uma falta de planejamento que só acentua a desorganização da campanha de Lopes.
A situação não se limita à ineficiência administrativa de Lopes, mas também evidencia falhas na articulação política. A incapacidade de formar uma equipe sólida e a dificuldade em garantir apoio político essencial refletem uma gestão que não apenas luta para enfrentar desafios administrativos, mas também para conquistar aliados e manter a estabilidade política. O episódio atual reforça a percepção de que, se a administração de Lopes já enfrentava críticas quanto à sua eficácia na gestão, o mesmo nível de desorganização e falta de estratégia permeia sua abordagem política.
Enquanto a cidade de Campo Grande observa com uma mistura de espanto e curiosidade, a saga de Adriane Lopes continua a se desenrolar. Em vez de construir uma base sólida de apoio e apresentar um plano claro para a reeleição, a prefeita parece mais preocupada em colecionar gafes do que aliados. O que se vê é uma tragicomédia política onde os erros de cálculo e a falta de coordenação parecem ser o verdadeiro espetáculo.
A pergunta que permanece é: quais serão os próximos capítulos dessa série cheia de drama e comédia? As próximas semanas prometem mais episódios desse enredo tumultuado, e a cidade aguarda ansiosamente para ver quem será o próximo coadjuvante a entrar no palco da vergonha política com Adriane Lopes.