Na manhã desta terça-feira, 6/6, a Polícia Federal, com o apoio do Exército Brasileiro, deu início à Operação Ardea Alba, com o objetivo de cumprir oito mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária e mandados de busca e apreensão em 25 endereços nos estados de Mato Grosso do Sul, Bahia e São Paulo. Além disso, foram expedidas ordens de sequestro de bens e valores em nome de 18 pessoas físicas e jurídicas.
A ação policial é resultado de meses de acompanhamento de grupos sediados, principalmente nas cidades de Corumbá/MS e Coxim/MS, que são responsáveis pela logística de transporte de drogas a partir do Pantanal Sul-Mato-Grossense e posterior escoamento da droga para os grandes centros urbanos do país.
Durante as investigações, os suspeitos foram vinculados à apreensão de mais de 2.600 kg de cocaína, bem como à apreensão de aeronaves e veículos, além da prisão em flagrante de 12 pessoas.
A quadrilha utilizava os rios do Pantanal Sul-Mato-Grossense como rota de escoamento da cocaína. Os entorpecentes eram transportados através dos rios, em uma operação logística bem estruturada, e posteriormente eram distribuídos nos grandes centros urbanos do país.
A Operação Ardea Alba visa desmantelar essa organização criminosa que atuava no tráfico de drogas na região. A ação policial abrange diversos estados, visando a prisão dos envolvidos, a busca e apreensão de provas e o sequestro de bens e valores relacionados às atividades ilícitas.
A Polícia Federal ressalta a importância do trabalho conjunto com o Exército Brasileiro para combater o tráfico de drogas, uma das principais atividades criminosas que atingem o país. A operação representa um avanço significativo no combate ao tráfico de entorpecentes, reforçando o compromisso das autoridades em preservar a segurança e a tranquilidade da população.
As investigações continuam em andamento, e novas informações sobre a Operação Ardea Alba serão divulgadas conforme os desdobramentos do caso.
O nome Ardea Alba, de fato, é o nome científico da Garça Branca, ave presente na fauna pantaneira. A referência ao nome da operação é feita em alusão ao modo de ação do principal grupo investigado, que se especializou no recebimento de cocaína em pistas de pouso clandestinas localizadas no Pantanal, utilizando o modal aéreo, assim como a ave garça utiliza o espaço aéreo para sua locomoção. Essa associação busca representar simbolicamente as características do grupo investigado e da região onde atuavam. A utilização do nome científico da Garça Branca como referência é uma forma de conexão com o ambiente natural do Pantanal.