Um megaesquema de segurança está sendo montado para a vinda de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Daniel Olmedo, o ‘Vlad’, a Campo Grande. Os três serão julgados pelo assassinato de Matheus Coutinho, morto com tiros de fuzil em abril de 2019, em frente de casa. Todos foram investigados na Operação Omertà.
O julgamento, que já foi adiado duas vezes, está marcado para começar no dia 17 de julho às 8 horas da manhã, no Tribunal do Júri, em Campo Grande. Com 16 testemunhas para serem ouvidas, espera-se que o julgamento dure quatro dias, e um megaesquema de segurança está sendo montado para a vinda dos acusados, que estão presos em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Anteriormente, cogitou-se realizar o júri por videoconferência, mas o juiz Aluízio Pereira dos Santos determinou a vinda dos réus para Campo Grande. Após a resolução do impasse, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) respondeu à solicitação do magistrado no dia 24 de maio, afirmando que os presos seriam transportados para a capital.
Em um documento anexado ao processo, o Depen detalha que os réus serão transportados para Campo Grande sob escolta de policiais federais. Já foram iniciados os trâmites administrativos para a realização da operação, planejamento da missão e levantamento das equipes policiais que serão selecionadas para compor a escolta dos três réus.
No despacho enviado ao magistrado, também foi informada a devolução de Vladenilson para o sistema penitenciário de Campo Grande, que ocorrerá quando forem trazidos para o julgamento. Isso significa que o réu ficará preso na capital.
Devido à duração prolongada do julgamento, o juiz solicitou a reserva de hotel por cinco dias para os jurados que participarão do julgamento.
O magistrado destacou que, devido ao grande número de testemunhas, o início do julgamento precisou ser agendado para uma segunda-feira, o que não é comum nos júris realizados em Campo Grande. O crime ocorreu na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista, no dia 9 de abril de 2019. Segundo relatos, o crime teria sido cometido com orientações repassadas por Vladenilson e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.
Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram disparados contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da caminhonete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.
As investigações também apontam que o grupo fazia parte de uma organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) considera que Jamil e Jamil Filho eram o núcleo de liderança, enquanto Vladenilson e Marcelo Rios eram homens de confiança, ‘gerentes’ do grupo.
Já Zezinho e Juanil seriam os executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Meses depois, os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).