Mato Grosso do Sul registra maior número de casos prováveis de chikungunya em sua série histórica anual

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Com um total de 4.724 casos em 2023, no ano anterior, em 2022, foram registrados apenas 608 casos prováveis da doença no estado, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Assim como a dengue e a zika, a chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O aumento significativo no número de casos em Mato Grosso do Sul também refletiu na média nacional, com um aumento de 110% em todo o país, passando de 16.971 para 35.569 casos prováveis entre janeiro e março deste ano. Dos casos confirmados em Mato Grosso do Sul em 2023, 863 foram positivos, resultando em duas mortes, ambas de homens, com idades de 70 e 43 anos. Além disso, a doença foi confirmada em 24 gestantes. A maioria dos casos no estado está concentrada nas regiões de fronteira, sendo o município de Ponta Porã o mais afetado, com 544 confirmações. Outros municípios com casos confirmados incluem Maracaju (90 casos), Bela Vista (33 casos), Paranhos (27 casos), Dourados (23 casos) e Amambai (13 casos).

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul atribui o aumento no número de casos de chikungunya à epidemia da doença no Paraguai e à circulação do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A secretaria continua realizando monitoramento e vigilância em todo o estado.

Apenas nove cidades do estado apresentam alta incidência da doença: Maracaju, Brasilândia, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Ponta Porã, Mundo Novo, Cassilândia, Paranhos e Sete Quedas. Seis dessas cidades estão próximas à fronteira com o Paraguai e três fazem divisa com o estado de São Paulo. Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da chikungunya incluem febre alta de início repentino e dores intensas nas articulações. A principal diferença entre a dengue e a chikungunya é a intensidade das dores nas articulações, que são muito mais fortes na chikungunya, afetando principalmente pés e mãos, geralmente nos tornozelos e pulsos.

O diagnóstico da chikungunya deve ser feito por um médico e pode ser confirmado por exames laboratoriais específicos, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros tanto em suas casas quanto nas redondezas.

O tratamento da chikungunya é baseado no alívio dos sintomas. Até o momento, não existe um tratamento antiviral específico para a doença. Hidratação e repouso são medidas essenciais para a recuperação. Geralmente, os sintomas desaparecem após a fase aguda da doença, mas em alguns casos as dores nas articulações podem persistir por meses e até anos. Nesses casos, é importante que o paciente retorne à unidade de saúde para avaliação médica e evite a automedicação.

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