MP identifica nova facção rival do PCC com poder bélico superior e líder em fuga após operação

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A execução brutal do veterinário e empresário Juliano Gimenes Medina, ocorrida em junho do ano passado em uma estrada vicinal de São Pedro (SP), levou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) a identificar uma nova facção criminosa que atuava como rival do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo informações do UOL, essa organização criminosa contava com um poder bélico superior, utilizando fuzis em suas ações de assassinato. O principal líder da facção foi identificado como Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como ‘Magrelo’ ou ‘Patrão’.

Nessa quarta-feira (17), uma operação coordenada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi realizada para prender Magrelo em sua residência na cidade de Ipeúna, em São Paulo. No entanto, ele conseguiu escapar por um buraco na parede de sua mansão, durante um cerco policial montado pelas autoridades. A ação, denominada Operação Oposição e conduzida pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), teve como alvo membros da organização criminosa liderada por Magrelo. A investigação teve início após o assassinato de Juliano Medina.

Segundo o UOL, foram registrados 33 homicídios no ano passado durante a guerra entre as facções. Durante a operação, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão. Além disso, cinco pessoas foram presas em flagrante, e foram apreendidos dinheiro, munições, armas e celulares. A Justiça autorizou o sequestro de bens no valor total de R$ 12,5 milhões.

Dois dos criminosos apontados como autores do homicídio de Juliano Medina já estavam presos, e mandados foram cumpridos contra eles durante a operação. A análise dos celulares de um dos suspeitos levou o Gaeco a descobrir outros membros da facção.

Os alvos dos mandados foram denunciados pelo MPSP por organização criminosa e tráfico de drogas. Um deles chegou a postar fotos em redes sociais portando armas de fogo e fuzis. Juliano Gimenes Medina, de 40 anos, era investigado por envolvimento com o tráfico de drogas em Ponta Porã, localizada a 346 quilômetros de Campo Grande, onde residia. Uma batida policial realizada em 2021 no haras de Medina resultou na apreensão de drogas e armas de fogo.

Segundo o registro policial de novembro de 2021, a equipe do Batalhão de Choque recebeu informações sobre uma reunião entre algumas pessoas no haras, algumas delas portando armas de fogo. Três suspeitos foram avistados do lado de fora e, ao perceberem a presença da viatura policial, tentaram se esconder. Um dos suspeitos foi abordado, e durante a busca na sala de um funcionário, foram encontradas porções de maconha, sete aparelhos celulares.

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