Nesta quinta-feira (18), o Procon Municipal de Campo Grande está realizando uma fiscalização em postos de combustíveis da capital. Segundo o subsecretário de Proteção e Defesa do Consumidor, Cleiton Thiago Almeida Pereira, dez estabelecimentos da região central estão na lista de fiscalização, e o Procon também está atendendo denúncias feitas pela população.
O objetivo da fiscalização é verificar se os postos estão repassando aos consumidores o reajuste de preço após receberem uma nova carga de combustível. Para isso, serão solicitadas as notas fiscais do último abastecimento. A lista de postos que serão visitados foi repassada pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor).
Segundo a fiscal do Procon, Michelle Araújo Lima, serão exigidas duas notas fiscais anteriores à data da redução e o relatório de vendas, pois muitos postos aumentam o preço antes para chegar ao mesmo valor anterior. Os postos de combustíveis que cometerem infrações podem ser autuados, e a penalidade será definida caso a caso pelo setor jurídico do órgão.
Durante a fiscalização, no primeiro posto visitado na Rua Bahia, foi constatada a redução do valor do combustível e não foi comprovado aumento anterior à redução. O gerente do posto Milênio, Alexandro Suriano, afirmou que a redução de preço é bem-vinda, pois beneficia as vendas do posto. Ele explicou que quando o preço diminui, as vendas aumentam, pois as pessoas procuram diferenças de centavos e optam por abastecer.
A Petrobras anunciou, nesta semana, a mudança na política de preços, com redução nos preços da gasolina, do gás de cozinha e do óleo diesel, que passaria a valer a partir de quarta-feira (17). Segundo o Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), a gasolina poderia ficar até R$ 0,29 mais barata e o óleo diesel ter uma redução de R$ 0,39.
Devido aos estoques adquiridos com valores mais altos, o diretor do Sinpetro-MS, Edson Lazaroto, informou que a atualização dos preços nas bombas deve ocorrer em até quatro dias. O Procon continua vigilante na defesa dos direitos dos consumidores e na garantia de que as reduções de preço sejam repassadas de forma justa e transparente aos consumidores.