Na manhã desta quarta-feira (26), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra uma quadrilha que traficava pedras preciosas, incluindo diamantes brutos, e barras de ouro em diversos estados brasileiros. A ação cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva, expedidos pela 2ª Vara Federal de Piracicaba, em Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.
Os mandados estão sendo cumpridos em Mato Grosso do Sul, são dois na cidade de Corumbá.
As investigações apontam que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 30 milhões no tráfico de pedras preciosas. A investigação teve início no segundo semestre de 2020, quando a Unidade de Inteligência da Polícia Federal em Piracicaba descobriu a existência da quadrilha, que atuaria na extração mineral irregular, receptação qualificada e contrabando de pedras preciosas.
Um dos membros da quadrilha foi preso em flagrante no Aeroporto Internacional de Guarulhos transportando diamantes brutos sem a devida documentação fiscal. Em dezembro de 2020, outra carga de barras de ouro pertencente à mesma organização criminosa foi interceptada no Aeroporto de Confins, pela Receita Federal.
A quadrilha atuava em diversos países, envolvendo fornecedores, clientes e instituições bancárias. Eles usavam a abertura de empresas para emitir notas fiscais falsas, além de cooptar empresas legítimas para a emissão de documentos falsos e viabilizar a remessa das pedras ao exterior.
O nome da operação Itamarã faz referência à comunidade indígena Tekoha Itamarã, de etnia Guarani, a qual utiliza o nome Itamarã em referência a diamante.