Nesta segunda-feira (17), ocorreu a primeira audiência do “Caso Sophia” no Fórum de Campo Grande, dois meses após o Ministério Público oferecer denúncia. Durante a audiência, cinco testemunhas de acusação foram ouvidas, incluindo o pai da criança, os avós maternos, uma ex-namorada do padrasto da menina e um policial que acompanha as investigações. O padrasto, suspeito da morte da menina de 2 anos, optou por não participar da audiência, enquanto a mãe da criança, Stephanie de Jesus Da Silva, foi ao júri e também é investigada.
Jean Carlos Ocampo, pai da criança, pediu para que Stephanie saísse do plenário durante seu depoimento, em que relembrou a trajetória da filha e notou hematomas desde quando Sophia tinha 9 meses, mas sempre foi induzido pela mãe da criança a acreditar que eram machucados de quedas. O avô materno de Sophia também confirmou as agressões e disse que sabia dos hematomas. Durante a audiência, a defesa do padrasto de Sophia afirmou que tanto ele quanto Stephanie negam o homicídio e aguardam o resultado da perícia para poder falar sobre a prática de abuso sexual. O policial que participa das investigações adiantou ao juiz que o novo documento da perícia tem provas de que a criança sofreu estupro.
Na próxima audiência, serão ouvidas as defesas dos suspeitos e, depois, a mãe e o padrasto da criança serão interrogados sobre o crime. A próxima etapa do júri está marcada para 19 de maio. Antes do início do júri, o pai de Sophia e o companheiro protestaram em frente ao Fórum pedindo justiça.