Pais e responsáveis em Mato Grosso do Sul estão preocupados com as ameaças que circulam nas redes sociais em relação ao dia 20 de abril, data em que ocorreu o massacre de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999. O atentado escolar chocou o mundo com a morte de 12 alunos, um professor e outras 21 pessoas feridas. As ameaças têm sido compartilhadas em grupos de WhatsApp e usadas como forma de amedrontar a comunidade escolar, principalmente após a morte de uma professora em São Paulo e o ataque a uma creche em Blumenau, que deixou quatro crianças mortas.
Embora boa parte das mensagens circuladas na internet não mencione alvos e nem cite Mato Grosso do Sul, muitos pais estão preocupados com a segurança de seus filhos e estão divididos sobre enviar ou não as crianças para a escola na próxima quinta-feira, mesmo com as autoridades garantindo a segurança nas escolas e a realização das aulas normalmente. Alguns pais, como a diarista Patrícia Ferreira Pinto de Lima, de 39 anos, decidiram não mandar seus filhos para a escola, enquanto outros, como o advogado João Luiz, acreditam que há uma histeria exagerada sobre o assunto.
As secretarias de educação de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul afirmam que não vão “abaixar a cabeça” para as supostas ameaças e que as aulas serão realizadas normalmente. Além disso, estão previstas ações de conscientização e de caráter pedagógico no dia 20 para debater temas relacionados. O presidente da Fetems, Jaime Teixeira, reforça que não se deve fomentar o pânico e que as aulas devem acontecer sem restrições, embora os professores estejam preocupados com a violência propagada pelo submundo da internet.
Enquanto isso, escolas particulares de Campo Grande estão investindo em segurança armada e reforçando a segurança com a instalação de câmeras, concertina e outros dispositivos para evitar invasões. O site Estado Diário optou por não divulgar o texto das mensagens das redes sociais para não dar evidência aos autores dos conteúdos de ameaças.