Um padrasto acusado de estuprar uma menina dos 8 aos 12 anos de idade foi preso em Jardim, a 239 quilômetros de Campo Grande, após a denúncia feita no último domingo (12). A família protestou pedindo a detenção do acusado na sexta-feira (17). Ele foi encontrado e detido em Jardim, onde havia um mandado de prisão contra ele por estupro de vulnerável. O acusado deve ser transferido para Campo Grande, onde será interrogado e, em seguida, enviado para o presídio.
Os amigos e familiares da menina de 12 anos se manifestaram na frente à DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na tarde de sexta-feira (17). O grupo se reuniu em frente à delegacia, que foi fechado, orou e por cerca de 20 minutos pediu pela justiça.
Segundo a família, uma vítima disse à avó materna que queria viver com ela ou com o pai, pois não queria mais viver com o padrasto, após ter sido vítima de abuso sexual. O último abuso teria ocorrido em 11 de março. A menina contou ao pai sobre os abusos no domingo, quando ele a buscou para passar o dia. Ela afirmou que o padrasto a obrigava a manter relações sexuais e que já havia contado à mãe, mas a mulher não acreditava. A mãe teria inclusive flagrado o marido estuprando a filha. A família afirma que o homem é muito agressivo e que, nos 10 anos de casamento com a mãe da vítima, sempre a agrediu. O pai da menina registrou boletins de ocorrência desde 2015 e o mais recente foi feito em 2021.
A família denunciou o caso à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) no domingo e foi orientada a procurar o DEPCA posteriormente. O caso está em investigação e a família pede a prisão preventiva do acusado, pois acredita que ele é perigoso e ainda pode fazer outras vítimas. A vítima relatou que o suspeito a ameaçava de morte, bem como a família, caso ela relatasse os casos. Ainda após as denúncias, a vítima chegou a se culpar por tudo o que estava acontecendo.
A família relatou ainda que, a menina está tendo enjoos e há suspeita que possa estar grávida do padrasto. Ela passou por exames no IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), que confirmaram os estupros.
No entanto ainda não está pronto o laudo oficial. A família afirma que a DEPCA tem alegado prazo normal da investigação, que teve início no começo desta semana.
Nesta quinta-feira (16), a mãe da menina foi ouvida na DEPCA e, nesta sexta, o pai prestou depoimento. O caso é investigado como estupro de vulnerável.