Volvo e Uber se aliam para desenvolver carros sem motorista

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A Volvo anunciou nesta quinta-feira, 18, uma aliança de US$ 300 milhões com a Uber para o desenvolvimento de carros autônomos, no mais recente anúncio envolvendo parceria de uma montadora de veículos com uma companhia do Vale do Silício.

A parceria permitirá que a montadora sueca controlada pela chinesa Geely e a Uber compartilhem recursos para o desenvolvimento de capacidades de direção autônoma do modelo utilitário esportivo XC90. O investimento será compartilhado igualmente por ambas as empresas.

As empresas de transporte urbano por aplicativos têm formado alianças com grandes montadoras de veículos para acelerarem esforços para o lançamento de carros que não precisam de motoristas. Para os aplicativos de transporte como o Uber, a economia é evidente: se incorporarem veículos autônomos em suas frotas, elas conseguirão eliminar o item de maior custo em sua cadeia de lucro – os próprios motoristas.

A Toyota já anunciou que está investindo na Uber e a rival Volkswagen está apoiando a Gett, uma empresa de transporte via aplicativo. Enquanto isso, a GM comprou uma participação na Lyft, rival da Uber. A Ford, por sua vez, disse que pretende ter uma frota de carros autônomos nas ruas em 2021, mas não disse se pretende fazer parcerias.

Na aliança com a Volvo, a Uber vai comprar veículos da marca e instalar seu próprio sistema de direção sem motorista. Enquanto isso, a Volvo vai usar o mesmo veículo para seu próprio projeto de direção autônoma, que é baseado em um plano que ainda prevê a existência de um passageiro que possa assumir a direção do veículo se necessário – linha minoritária que não é adotada por projetos como o da Ford e do Google.

“A Volvo é uma líder no desenvolvimento de veículos e a melhor do ramo quando o assunto é segurança”, disse Travis Kalanick, presidente-executivo da Uber.

Os carros autônomos que a Volvo está imaginando serão como veículos normais, mas que podem alertar ao motorista quando o modo de piloto automático pode ser ativado.

Agências – Reuters

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