Policiais são libertados e forças de segurança preparam ação em área de conflito

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Os três policiais militares que teriam sido feitos reféns por índios na área de conflito em Caarapó foram libertados. Mas forças de segurança pública que incluem PRF (Polícia Rodoviária Federal), PF (Polícia Federal) e PM (Polícia Militar) já deslocaram efetivos para o município para agir na área onde seis indígenas foram feridos e um morreu num suposto confronto com produtores rurais na manhã desta terça-feira (14).

Segundo o comando da PM de Caarapó, um cabo e dois soldados chegaram a ser agredidos durante o período em que foram mantidos reféns por índios. Os militares haviam entrado na Aldeia Te’ Ýikuê nesta manhã em apoio ao Corpo de Bombeiros e demais socorristas que resgatavam indígenas baleados durante confronto com ruralistas na fazenda Yvu, invadida no domingo pelo grupo.

O Hospital Beneficente São Mateus recebeu oito índios baleados, entre eles uma criança. Um homem identificado como Clodiodo Aguileu Rodrigues de Souza, de 20 anos, morreu. Três das vítimas foram transferidas para o Hospital da Vida, em Dourados, devido à gravidade dos ferimentos. Os outros quatro também devem mudar de hospital.

A fazenda Yvu era propriedade de Sylvio Mendes Amado, que já faleceu. Atualmente, está no nome do marido de uma filha, pecuarista de 54 anos que mora em Campo Grande. Mas seria um filho dele o responsável por cuidar da propriedade, que foi invadida por guaranis kaiowá no domingo. Os indígenas alegam ser donos da terra, que teria passado por processo de demarcação em 2015.

Produtores rurais de Caarapó confirmaram  que nesta manhã um grupo de fazendeiros com aproximadamente 300 pessoas foi até a propriedade com o objetivo de reavê-la. Eles garantem ter conseguido o que pretendiam, mas negam a ocorrência de um confronto.

Mas logo que os índios baleados deram entrada no hospital de Caarapó o clima ficou tenso na região da aldeia. As estradas vicinais foram fechadas por índios revoltados com a situação. Os policiais feitos reféns foram liberados com ferimentos. As armas deles teriam ficado com os índios.

O número de policiais militares, civis, federais e rodoviários federais não para de crescer em Caarapó. Eles se mobilizaram no Batalhão da PM do município e aparentemente traçam um método de ação para conter o clima de conflito na região.

CarapóNews

 

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