Assistente social presa por falsificar atestados vai responder processo em liberdade

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A assistente social presa na noite de sábado (19) pela Polícia Federal acusada de falsificar atestados médicos já está solta e responderá o processo de falsidade ideológica em liberdade, decisão tomada pela Justiça durante audiência de custódia. Juntamente com ela, também foi solto e vai responder em liberdade o homem de 29 anos que foi flagrado comprando atestado médico. A profissional, de 40 anos de idade e que não teve o nome divulgado, atua há muitos anos na Santa Casa de Corumbá e vendia atestados há cerca de seis meses, de acordo com a PF, falsificando assinatura de um médico.

O delegado da Polícia Federal, Danilo Espíndola, ainda não tem a informação de quantos atestados a assistente social falsificou. Algumas denúncias foram recebidas pela PF e há algum tempo já corriam as investigações. Até que na noite de sábado (19), a Polícia Federal conseguiu fazer o flagrante quando a profissional foi pega com três atestados médicos em mãos, um deles já preenchido. De acordo com o delegado, o homem que foi preso comprando o atestado explicou aos investigadores que faltou ao trabalho no sábado porque tinha prova, já que trabalha e cursa faculdade. Ele soube por terceiros que a assistente social estava realizando o serviço irregular e foi comprar o  atestado.

O delegado afirmou que o nome da profissional já corria pela cidade relacionado ao serviço de venda de atestado. Ele explicou que a mulher tinha acesso ao documento timbrado de maneira furtada ou em apropriação indébita, que é quando o documento é repassado legalmente, mas não é devolvido. “Não sabemos se ela pegava sem o conhecimento ou se tinha todos os documentos do médico de confiança somente para guardar e nessa confiança ela subtraía”, esclareceu o delegado Danilo ao Diário Corumbaense.

Conforme apurações iniciais, a assistente social atuava sozinha nas falsificações. Quanto ao carimbo usado, ela contou ao delegado que conseguia no setor financeiro. “Não dá para saber se ela conseguia ou se pegava com a colega”, disse o delegado, que continua investigando o caso. Por cada atestado a mulher recebia entre R$ 20,00 e R$ 100,00, mas a Polícia Federal ainda não sabe por que os atestados eram vendidos a preços diferentes.

Para o delegado, o médico não sabia das falsificações. “Eu ainda vou chamá-lo, mas não acredito que ele sabia. Ela falou que como a letra do médico era feia, ele ditava os laudos e outros papéis para ela, que escrevia. Por conhecer a grafia do médico, ou talvez por saber que ele era mais descuidado, começou a falsificar a assinatura dele e o carimbo. Segundo ela, o carimbo, ela conseguia no setor financeiro”, explicou Danilo Espíndola.

Processo administrativo

A reportagem procurou o diretor-presidente da Santa Casa, médico Cristiano Xavier, que informou que está sendo aberto processo administrativo para apurar o caso. “A Santa Casa gostaria de esclarecer que nada tem a ver com isso, foi a funcionária que fez essas falsificações. Assim que for apurado o caso, serão tomadas as devidas providências. A Santa Casa está à disposição da Polícia Federal para colaborar com as investigações”, afirmou Cristiano Xavier.

Colaborou Diário Online

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