Senado manda cortar auxílio-moradia de Delcídio do Amaral

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Preocupado com a repercussão negativa em torno do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reuniu esta semana toda a alta cúpula administrativa da Casa e determinou que fosse suspenso imediatamente o auxílio-moradia que vem sendo pago ao ex-líder do governo no Senado.

Depois de ser gravado pelo filho do delator Nestor Cerveró, Delcídio teve sua prisão decretada no dia 25 de novembro de 2015 por suspeita de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. O petista manteve nesses dois meses o gabinete em funcionamento e continua sendo contemplado com auxílio-moradia de R$ 5.500 ao mês. Entre dezembro e janeiro, Delcídio embolsou perto de 90 mil reais em salários e auxílio-moradia.

A direção do Senado Federal, para manter o auxílio-moradia,  argumentava que Delcídio não teve o mandato cassado e, desta maneira, conservou todos os seus direitos, como salários e benefícios. O senador mantem a estrutura do gabinete, no 25º andar do anexo I Senado Federal, onde servidores dão expediente, atendem telefonemas e cuidam da burocracia do gabinete.

A Secretaria-Geral da Mesa do Senado argumenta ainda que o senador está licenciado do cargo e que não comparece às sessões de votação por impedimento. Por esta interpretação, o senador também não está sendo cortado nas faltas às sessões deliberativas. O abatimento no salário é de cerca de R$ 1,2 mil a cada ausência.

Nesta quarta-feira (03), a defesa de Delcídio ingressou com um pedido no Supremo Tribunal Federal para anular a gravação que serviu como prova para a prisão do líder do governo.

Informações Jornal do Brasil

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