Ramiro Gonzaga Barros, de 36 anos, foi preso em flagrante em janeiro de 2025, em Taquara (RS), acusado de cometer estupros virtuais e presenciais contra cerca de 163 meninas, com idades entre 8 e 13 anos, em sete estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal e Acre. A prisão foi convertida em preventiva, e a Justiça emitiu outras três ordens de prisão preventiva contra ele, duas por estupro de vulnerável e uma por produção de material pornográfico infantil.
Segundo investigações, Ramiro criava perfis falsos nas redes sociais, fingindo ser mais jovem, para se aproximar das vítimas. Após ganhar a confiança delas, induzia as meninas a enviar fotos nuas. Caso se recusassem a enviar mais imagens, eram ameaçadas. O Instituto Geral de Perícias identificou mais de 750 pastas em seu computador, organizadas por nomes, apelidos e perfis de redes sociais, contendo provas dos crimes, o que auxiliou na identificação de vítimas.
A polícia estima que os crimes, praticados há 16 anos, podem ter atingido um número de vítimas até sete vezes maior que as 163 já localizadas. A maioria dos casos ocorreu virtualmente, mas há registros de abusos presenciais. As vítimas sofreram graves consequências psicológicas, como depressão, automutilação, pensamentos suicidas, pânico, dificuldades escolares e mudanças de comportamento.
As autoridades pedem que possíveis vítimas contatem a delegacia local ou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, garantindo sigilo de identidade. A investigação segue em segredo de Justiça.
