O ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, teve seu pedido de liminar negado pela Justiça. Cezário buscava anular sua destituição, ocorrida em outubro deste ano, após a Operação Cartão Vermelho revelar um esquema de desvio de verbas na entidade.
Em sua ação, Cezário alegou que a assembleia que o destituiu foi irregular e que não teve direito à defesa. No entanto, o juiz Paulo Afonso de Oliveira entendeu que os argumentos apresentados não foram suficientes para comprovar a nulidade do processo.
“Diante disso, e considerando os elementos até então trazidos aos autos, não são capazes de demonstrar, de maneira suficiente, a alegada nulidade da assembleia e da eleição. Não se fazem presentes os requisitos necessários para a concessão da tutela de urgência pretendida”, diz a decisão.
A Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), revelou um esquema de desvio de mais de R$ 6 milhões da FFMS, entre 2018 e 2023. Os envolvidos no esquema realizavam saques ilegais e desviavam recursos públicos destinados ao esporte.
Com a decisão judicial, Estevão Petrallás permanece como presidente interino da FFMS. O processo judicial que investiga o esquema de corrupção na federação continua em andamento.