O governador Eduardo Riedel participou nesta quarta-feira (28) do II Fórum de Governadores do Brasil Central 2024, que acontece em Goiânia (GO) concomitantemente à Ficomex (Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central). O governador sul-mato-grossense Eduardo Riedel participou de ambos os eventos, onde estratégias para fomentar o comércio exterior e o desenvolvimento econômico regional são traçados.
Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal formam o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC), que organiza o Fórum e também esteve presentes Ficomex para abordar o desenvolvimento e a integração, além de pautas importantes como a questão da produtividade e o meio ambiente.
O encontro reforça a cooperação entre as unidades federativas para fortalecer a competitividade do Brasil Central no mercado global.
“O Consórcio Brasil Central está muito bem posicionado estrategicamente numa agenda que é global, de segurança alimentar, evolução ou transição energética. O Brasil tem capacidade de mudar sua matriz energética de maneira absolutamente renovável, e já é uma liderança global neste sentido, de sustentabilidade. Essa geração de governadores tem buscado a todo momento, com alto grau de responsabilidade, sempre olhando a questão fiscal, para poder ter recurso de investimento. E isso vai fazer a diferença para o Brasil”, disse Riedel.
No Espaço Global da Ficomex, onde serão apresentadas as iniciativas e projetos de cada estado membro, focando nas oportunidades de negócios que essas regiões têm a oferecer, cada estado tem um espaço para divulgação de potenciais negócios.
No stand de Mato Grosso do Sul, técnicos da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) apresentam as oportunidades de negócios do Estado. Além disso, o secretário Jaime Verruck apresentou o MS aos representantes de embaixadas e interessados em investir, trabalhar ou exportar.
O foco das apresentações de Mato Grosso do Sul é o setor de energias limpas, celulose, proteína animal, bioenergia. “Nós estamos recebendo empreendimentos na área do etanol do milho, já com o setor canavieiro consolidado. Mas nós pensamos em SAF, combustível de aviação, em biometano. Então essa é uma das linhas. A outra é a de proteína animal. O Mato Grosso Sul quer se configurar como estado multiproteína, importante para a atração de empreendimentos na área de bovinocultura, avicultura, suinocultura”, disse Verruck.
O Governo do Estado também apresenta experiências de sucesso em relação as parcerias público privadas e as oportunidades que surgem com a implantação da Rota Bioceânica, que liga Mato Grosso Sul aos portos do Oceano Pacífico.
“Esta é uma oportunidade de ver, discutir e caminhar para realização de bons negócios e está em cima desta agenda, além da pauta de política pública, que passa por ambiente de negócios nas áreas de infraestrutura e logística. Hoje não tem como trabalhar com a industrialização destas riquezas se não proporcionarmos ao empresariado condição de competitividade. É o que todos os estados têm feito, individualmente e muitas vezes de maneira conjunta, para que a gente pense no Brasil”, afirmou Riedel.
A Ficomex reúne 40 embaixadores – representantes de países das Américas (Sul, Central e Norte), Europa, Ásia e África –, com oportunidades de negócios e de mostrar o MS para mercados globais. O evento tem 170 expositores, câmaras de comércio, empresas nacionais e internacionais e universidades, para debater o futuro do comércio exterior na região, além de discussões estratégias para fortalecer a integração e impulsionar o desenvolvimento. O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), também participa do evento.
As exportações de Mato Grosso do Sul no acumulado de janeiro a julho de 2024 já totalizaram US$ 6,012 bilhões. O saldo comercial do Estado é positivo, com um superávit de US$ 4,389 bilhões. Os destaques das exportações de Mato Grosso do Sul foram a soja e a celulose.
A China permanece como o principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, absorvendo 49,29% do total exportado. Os Estados Unidos e os Países Baixos seguem na segunda e terceira posições, com crescimento significativo das exportações para a Turquia e os Emirados Árabes Unidos.
Para melhorar a questão logística e favorecer as exportações, o Mato Grosso do Sul tem importância central no projeto da Rota Bioceânica, que posicionará o Estado como hub logístico para exportação à Ásia e para distribuição de produtos importados do mercado asiático.
O avanço da conclusão da Rota Bioceânica, que vai ligar o Brasil ao Paraguai, por meio das cidades de Porto Murtinho e Carmelo Peralta – diminuindo a distância para conexões comerciais dos dois países, e também Argentina e Chile, via Oceano Pacífico –, também desperta o interesse de outras cidades e regiões, que podem ser integradas ao corredor.
A ponte da Rota Bioceânica, que liga o município de Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai, está com 60% das obras concluídas e com previsão de finalização em novembro de 2025. Já a obra do acesso que liga a BR-267 até a ponte internacional com aproximadamente R$ 472 milhões em investimentos já está licitada e a previsão é de que tenha início no mês de setembro.
Consórcio
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC), criado em 3 de julho de 2015, é uma aliança entre o Distrito Federal e os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins, para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região. Juntos, esses estados representam 29% do território nacional, com 26 milhões de habitantes e 49% das exportações brasileiras. O Consórcio trabalha para integrar políticas e ações que fortaleçam a competitividade e promovam o desenvolvimento sustentável do Brasil Central.
O Consórcio BrC tem se destacado pela formulação de políticas públicas que visam não apenas o crescimento econômico, mas também a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. A atuação do Consórcio inclui iniciativas nas áreas de segurança pública, saúde, educação e turismo, sempre com foco na eficiência e na cooperação entre unidades federativas consorciadas.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Foto: Bruno Chaves