Francisco Cezário de Oliveira, presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), foi novamente preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) na manhã desta quarta-feira (28). Com 78 anos, Cezário já utilizava tornozeleira eletrônica, sendo alvo da Operação Cartão Vermelho, que investiga o desvio de R$ 6 milhões na FFMS.
Logo cedo, três viaturas do Gaeco chegaram à residência de Cezário, localizada na Vila Taveirópolis, acompanhadas de uma testemunha. André Borges, advogado do presidente afastado, afirmou que o mandado era de busca e apreensão e que, até aquele momento, não tinha sido informado sobre uma ordem de prisão. “Ainda estamos sendo atualizados sobre a situação”, declarou.
Francisca Rosa de Oliveira, irmã de Cezário, também estava no local e revelou à imprensa que ainda desconhecia os motivos da prisão, mas suspeitava que poderia estar relacionada ao descumprimento de uma ordem judicial anterior. “Estamos tentando evitar qualquer motivo que justifique isso, dada a idade e saúde dele”, relatou Francisca.
Francisco Cezário foi preso anteriormente no dia 21, também no âmbito da Operação Cartão Vermelho, deflagrada em Campo Grande. Além dele, outros suspeitos foram detidos, e mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.
O Gaeco aponta que os envolvidos no esquema criminoso realizavam saques frequentes em contas da FFMS, sempre em valores abaixo de R$ 5 mil para evitar a detecção por órgãos de controle. Somente nessa prática, os suspeitos teriam feito mais de 1.200 saques, totalizando R$ 3 milhões. Além de Cezário, outros nomes estão sob investigação, incluindo membros da FFMS e indivíduos associados.