Falta de Informação da CCR MS mantém motoristas presos em congestionamentos na BR-163 mesmo com rotas alternativas disponíveis

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Apesar da existência de rotas alternativas para evitar os extensos congestionamentos na BR-163, entre Campo Grande e Jaraguari, devido ao solapamento da pista, a concessionária CCR MSVia não forneceu informações sobre essas opções aos usuários. Na quarta-feira, as filas de veículos ultrapassaram 10 quilômetros em ambos os sentidos, com motoristas enfrentando até três horas de espera sob calor intenso e baixa umidade.

Embora o tráfego tenha diminuído na manhã desta quinta-feira, a própria assessoria da CCR MSVia alertou que as filas voltariam a crescer próximo ao horário do almoço. A empresa prometeu incluir informações sobre as rotas alternativas em seu site ainda nesta quinta-feira. Essas rotas incluem a utilização do anel viário na altura do km 495 da BR-163, seguindo pela MS-080 e passando por Rochedo, Corguinho, Rio Negro, e retornando à BR-163 pela MS-430, chegando a São Gabriel do Oeste. Outra opção é seguir até Rio Verde de Mato Grosso pela BR-419, aumentando a distância em apenas 25 quilômetros, em comparação com a rota tradicional pela BR-163.

Uma possível explicação para a falta de informações sobre as rotas alternativas pode estar relacionada ao faturamento das praças de pedágio. Entre Campo Grande e Jaraguari, passaram 255.800 veículos em junho, gerando um faturamento diário significativo, especialmente com os caminhões que compõem grande parte desse tráfego. A concessionária pode ter optado por não destacar as rotas alternativas para evitar perda de receita.

A CCR consultou a Agesul sobre as condições das rodovias alternativas no dia do incidente, e foi garantido que elas poderiam absorver o tráfego. No entanto, como a interdição foi apenas parcial, a empresa decidiu não indicar essas vias aos motoristas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também demorou a sugerir o uso das rotas alternativas, apenas o fazendo após questionamento da imprensa.

Na manhã desta quinta-feira, foi observado que o movimento de veículos de carga nas rotas alternativas era quase inexistente, com a maioria dos caminhoneiros ainda optando pela BR-163, enfrentando a longa fila e pagando pedágio.

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