Prefeita de Campo Grande sob investigação federal por ‘folha secreta’ e retenção irregular de impostos em meio a escândalo de improbidade.

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A gestão da prefeita Adriane Lopes (PP) em Campo Grande está sob intensa pressão após a descoberta de uma “folha secreta” de pagamento, que beneficiaria um grupo seleto de servidores com salários e vantagens ocultas. A denúncia, feita pelo Instituto de Fiscalização e Controle (FIC), uma ONG sediada em Brasília, foi baseada em uma inspeção extraordinária do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), que detectou irregularidades no recolhimento do Imposto de Renda e de contribuições previdenciárias.

O caso, agora investigado pela Receita Federal, expõe uma prática que, segundo a FIC, vinha sendo ignorada ou acobertada por órgãos locais de fiscalização, como o Ministério Público Estadual (MPE) e o próprio TCE-MS. A denúncia foi encaminhada também à Procuradoria Geral da República em Campo Grande, ampliando o alcance da investigação para o âmbito federal.

Especialistas apontam que a retenção indevida de valores poderá trazer sérias consequências para a prefeita, que busca a reeleição, além de atingir diretamente os servidores que receberam os pagamentos irregulares. A acusação de improbidade administrativa paira sobre a gestão de Adriane Lopes, enquanto seus aliados no Legislativo Municipal, que até então mantinham uma relação de cumplicidade com o Executivo, pouco podem fazer para interferir na investigação.

A revelação da folha secreta marca um momento crítico para a prefeita, cujas esperanças de impunidade começam a desmoronar diante do rigor das investigações federais, em um cenário que promete agitar ainda mais o cenário político local, especialmente em um ano eleitoral.

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