Durante uma operação de investigação, agentes da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul foram surpreendidos ao descobrir uma fábrica de perfumes falsificados em um imóvel no Bairro Novo Oeste, em Três Lagoas, a 326 quilômetros de Campo Grande. Um homem foi preso em flagrante pela produção ilegal dos cosméticos, que eram fabricados sem qualquer controle de qualidade ou higienização.
A investigação teve início após denúncias de que perfumes falsificados, fabricados de forma artesanal e com substâncias nocivas à saúde, estavam sendo vendidos na região central de Três Lagoas. Com o apoio da Seção de Investigação Geral (SIG) e do Núcleo Regional de Inteligência (NRI), os policiais iniciaram uma busca pelo suspeito nas ruas da cidade.
Durante as diligências, os agentes identificaram um homem vendendo os perfumes suspeitos. Ao perceber a presença das viaturas, o suspeito tentou fugir, mas foi capturado enquanto tentava se esconder em uma lanchonete. Próximo ao local, os policiais encontraram vários frascos de perfumes dentro de embalagens improvisadas, o que reforçou as suspeitas.
Questionado pelos policiais, o homem confessou estar vendendo os perfumes falsificados e levou os agentes até sua residência, onde preparava os produtos. Ao chegarem ao apartamento no Bairro Novo Oeste, os policiais encontraram um quarto transformado em um verdadeiro laboratório clandestino.
O local estava repleto de frascos de álcool etílico, essências químicas e cerca de 500 frascos vazios de perfumes, todos espalhados pelo chão. O suspeito admitiu que comprava as embalagens vazias em um lixão por apenas R$ 1,00 cada e as preenchia manualmente com uma mistura de álcool etílico e essências de perfumes ou até mesmo produtos de limpeza, que adquiria em lojas de produtos químicos.
A fabricação era feita sem qualquer tipo de pesagem, medição ou preocupação com a higiene, representando um risco à saúde dos consumidores. Diante das evidências, o homem foi preso em flagrante e conduzido à delegacia, onde foi autuado pelo crime de falsificação e comercialização de substâncias cosméticas. A pena para esse tipo de crime pode variar de dez a quinze anos de reclusão.