Homem é encontrado morto após invadir mercado em Campo Grande

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Um homem de aproximadamente 34 anos, não identificado, foi encontrado morto na madrugada desta terça-feira (23) em um terreno baldio na Rua Capitão Francisco Holanda Moura, no Jardim São Conrado, em Campo Grande. A perícia identificou uma marca de tiro no corpo. Segundo o boletim de ocorrência, antes de ser encontrado morto, o homem invadiu um mercado na Rua Ângelo Frulegui da Cunha, no mesmo bairro. Ao disparar o alarme do estabelecimento, ele fugiu para o terreno ao lado.

A perícia encontrou uma marca de tiro sob a axila do homem e manchas de sangue no casaco que ele vestia. O corpo foi descoberto pela proprietária do mercado e um vigilante do bairro, que inicialmente não conseguiram contatar a Polícia Militar. Posteriormente, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi acionada.

O guarda municipal teve que pular o muro do terreno baldio, que estava trancado, e encontrou o corpo no chão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas o homem já estava morto quando a equipe chegou.

Um morador relatou à polícia que ouviu cinco tiros. As câmeras de segurança do mercado confirmaram que o homem que invadiu o estabelecimento era o mesmo encontrado morto. Sem documentos, a vítima permanece não identificada. As polícias Civil, Militar e a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local, e o corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL).

As imagens de segurança mostraram o suspeito entrando no mercado pelo telhado, acionando o alarme, indo até o caixa e fugindo em seguida. O homem usava um casaco branco com capuz, calça, tênis e luvas. A proprietária do mercado, Maria do Carmo, de 54 anos, relatou que o estabelecimento havia sido furtado na semana anterior, quando um ladrão entrou pelo telhado, pegou moedas e comida, e fugiu.

Após o furto anterior, Maria instalou câmeras de segurança e um alarme. Na madrugada do incidente, ela foi despertada pelo alarme e ouviu o som de telhas quebrando. Sem conseguir contatar a Polícia Militar, ela chamou o vigilante da rua, que encontrou o suspeito caído no terreno baldio com uma marca de tiro. Maria afirmou que não conhecia o suspeito e não ouviu os tiros.

Maria do Carmo relatou que, em 18 anos de funcionamento do mercado, já foi furtada diversas vezes, mas os incidentes haviam diminuído até recentemente. Ela destacou que o bairro não é mais seguro, o que a levou a investir em câmeras e alarmes. Marcas de pés e telhas danificadas foram encontradas nas paredes do mercado. Uma moradora, que preferiu não se identificar, também tentou ligar para a polícia sem sucesso e acabou contatando o Samu, que a orientou a chamar a GCM.

O caso foi registrado como homicídio simples e furto qualificado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol.

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